terça-feira, 20 de outubro de 2015

Meios de comunicação social portugueses

Neste artigo sobre os meios de comunicação em Portugal, vamos fazer um passeio pelos diferentes meios que podemos encontrar no país lusófono.
Começamos falando da televisão. Em Portugal a maioria das casas possui televisão por cabo, pois é muito barato, há muitos canais. Existem canais públicos que oferecem diferentes tipos de entretenimento, desde documentários até filmes ou programas do coração. Mas se queres aprender melhor o português recomenda-se que vejas alguns dos canais nacionais, pois é a maneira de conhecer melhor a língua portuguesa e a suas variações, pois é diferente a pronunciação, por exemplo, de Lisboa o e Porto. Os canais mais importantes de Portugal são: RTP 1 e RTP 2, SIC, TVI ou SIC notícias.
Outro meio de comunicação português é a rádio. Se gostas de ouvir a melhor música comercial do momento, podes sintonizar as frequências de rádio mais ouvidas en Portugal, além disso, é uma maneira de ouvir as notícias que acontecem no país, e também é uma maneira útil para aprender um pouco da língua. Os canais mais ouvidos en Portugal são: RFM, Orbital, Cidade FM, Mega Hits FM, Rádio Comercial, Rádio Capital, Rádio Renascença e Antena 1.
Se gostas de ler, o melhor é ler os jornais, pois é uma boa forma de praticar e melhorar o teu português através dos jornais. Por exemplo, se você apanhas o metro encontrarás em todas as estações do metro jornais diários gratuitos, como o Metro, que possuem a informação mais importante que acontece no país. Também há jornais pagos que poderás comprar nas bancas de jornais, como o Correio da Manhã, o Diário de Notícias ou o Público em Lisboa, ou se preferires,  e está no Porto, podes encontrar o Jornal de Notícias, O Jogo ou O Primeiro de Janeiro. Além de jornais, há também um grande número de revistas de todos os tipos e conteúdo como podem ser Euronoticias, O Cardo ou Imediato, entre muitas outras.

E como não poderia ser,  neste momento o grande meio de comunicação é a Internet. Na rede podemos encontrar televisão on-line, como jornais, revistas, estações de rádio... tudo hoje está informatizado. Alguns exemplos de estas páginas podem ser tvi24, Gazeta digital, etc. Dentro da internet também poderíamos incluir as redes sociais (twitter, facebook...) já que existem contas dos meios nestes campos.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Os meios de comunicação social na sociedade atual

A importância que com o tempo foram alcançando todos os meios de comunicação na sociedade pós-moderna é imensa. Na sociedade da informação os meios não apenas oferecem informações sobre o que está a suceder no mundo, mas também chegam a construir ideias no ouvinte ou leitor, convencendo-o e modelando a sua opinião, dirigindo-a para onde os dirigentes do meio quiserem. Os meios declaram culpáveis e ditam sentença antes que o faça um juiz, participam em todos os espaços da vida pública, exercem pressão sobre os poderes políticos e comerciam com a sua influência. Acaso é demasiado o poder que possuem estes meios?
Os meios apresentam-se como um conjunto de vozes diversas que oferecem pontos de vista objetivos, mas livres. Porém, na realidade, descobrimos que todos ou uma boa parte deles pertencem a uma ou duas corporações. Se nos cingirmos ao caso português (ainda que pudesse facilmente aplicar-se a qualquer sociedade ocidental) verificamos que quase todos os meios importantes são geridos pela Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social (CPMCS) . Vemos, logo, como a direção dos meios de comunicação se pode rastejar até nos acharmos perante uns poucos nomes próprios, com uma face mais ou menos pública e um enorme capital económico. Acontece então que os meios se regulam do mesmo jeito que as grandes corporações, formando ramificações que vão dar, no seu cúmio, a uns poucos nomes absolutamente reconhecíveis (Coca Cola, Nestle, Microsoft, etc.). Assim como estas corporações, os meios de comunicação também mascaram o seu monopólio com nomes diferentes e pontos de vista pretendidamente divergentes, mas que, afinal, obedecem aos mesmos interesses, quer dizer, os interesses do poder e dos seus dirigentes.
Com certeza que há meios de comunicação e pessoas que procuram manter a sua independência e a sua voz própria, mas a falta de capital económico impede a “cacarejada” liberdade de prensa. Assim, para fazermos chegar as nossas ideias ao grande público são precisas ingentes quantidades de dinheiro, que apenas as mencionadas corporações podem permitir-se. O aceitamento tácito da objetividade destes meios tem, portanto, um grande perigo para a sociedade em geral, que longe de se mostrar crítica com a opinião dos meios, recebe-a como se fosse imparcial e isenta de ideologia, como se esta fosse a verdade absoluta e indiscutível. 


A internet pode ser uma oportunidade para essoutras pessoas que quiserem divulgar as suas visões do mundo e do que nele acontece e não têm os meios económicos para fazê-lo. Muitos cibernautas  desconfiam já dos interesses dos meios de massas e procuram o rastro dos seus donos e do objetivo que eles possam pretender. Fica por ver se a internet se descobre como uma ferramenta capaz de nos orientar para uma visão mais crítica e matizada do mundo em que vivemos.


Imagem tirada de: https://averdademanipulada.wordpress.com/

As nações sem estado da Europa

A propósito das recentes eleições ao parlamento da Catalunha e do referendum realizado na Escócia há poucos meses,  é necessário um pequeno relembrar as diferentes nações da Europa que não contam hoje com estado próprio e os problemas que isto lhes possa gerar. O conceito de nação  é e sempre foi problemático, mas costuma definir-se como um grupo de pessoas que partilha uma mesma língua, grupo étnico e costumes e que se relaciona com um determinado território.

A negação dum estado para estes grupos de pessoas pode mesmo chegar a provocar guerras cruéis, como a relativamente recente Guerra Civil Jugoslava. As ânsias de independência ou de autonomia para a nação sem estado também levam à criação de grupos armados, coma o IRA irlandês ou a ETA  euskara.

Na própria Península Ibérica podem-se distinguir ˗pelo menos˗ cinco nações diferenciadas: a portuguesa, a espanhola, a galega, a basca, e a catalã, das  quais apenas as duas primeiras contam com estado próprio. As circunstâncias históricas das primeiras décadas da Idade Moderna deram origem a que todos os reinos medievais ˗inclusive Portugal por um tempo˗ passassem a fazer parte da Coroa castelhana, que mais tarde seria chamada Reino da Espanha. As políticas históricas do Estado Espanhol em matéria nacional e linguística tentaram emular as do Estado Francês, com uma dura repressão das três nações do norte peninsular. Deste modo, no século XIX e com o pensamento do Romantismo, surgiram reações nacionalistas entre umas elites, que se estenderam durante o século seguinte entre o resto da  população, com maior ou menor êxito[1]. O resultado são as atuais reivindicações de independência na Catalunha ou a luta pela defesa da língua na Galiza.

Ao contrário do que aconteceu na Espanha, na França não chegaram praticamente a surgir movimentos nacionalistas, pois a forte centralização do Estado moderno francês provocou que no dia de hoje línguas como a bretã ou a occitana estejam limitadas à povoação idosa do mundo rural desses territórios. Desde a Revolução Francesa promoveu-se desde Paris um sentimento “afrancesador” que murchou qualquer outro sentimento nacional.

Outro exemplo é o Reino Unido, que historicamente também levou a cabo uma política repressora que provocou uma situação preocupante para as línguas das ilhas que não são o inglês[2]. Porém, o domínio da nação inglesa sobre a galesa, a escocesa e a irlandesa relaxou no século XX com o enorme grau de autonomia política outorgado às distintas nações, que contam com um parlamento com muitas potestades. Contudo, as reivindicações escocesas continuam a ser constantes apesar da perda do SI no referendo de setembro do ano passado. Alem disso, o imperialismo inglês causou na Irlanda a divisão da ilha e da sociedade, com episódios violentos entre os protestantes da parte britânica e os católicos da parte independente.

Ficam sem mencionar muitas outras nações europeias que, por uma ou outra razão, não contam hoje com um estado próprio que garanta os direitos linguísticos e culturais dos seus cidadãos. Apesar estar internacionalmente reconhecido o princípio de autodeterminação dos povos, muitos povos seguem a sofrer medidas repressoras que nalguns casos atentam contra os seus direitos humanos e que causam os problemas já mencionados.








[1] Maior no caso da Catalunha e Euskadi e algo menor no caso da Galiza.
[2] Isto aconteceu mesmo na Irlanda, que é indepêndente desde os anos 20.