sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O meio ambiente e a política

Neste artigo não vamos falar do modo de vida ecológico que devemos todos adotar para salvar o nosso planeta, já que cada um pode encontrar essas informações em qualquer lugar. O que nos interessa mais é a consciência internacional do problema. Exceto alguns “antiambientalistas”, admite-se que a responsabilidade dos humanos é inegável, assim como são inegáveis  também as consequências do aquecimento global para a humanidade e sobretudo para o planeta. A questão do ambiente é então internacional e os países não podem somente preocupar-se pelo seu território. Numerosas decisões foram tomadas a um nível internacional durante as últimas décadas para tentar encontrar soluções para o problema e a mais recente é a reunião de representantes de muitos países em Paris em dezembro de 2015 para a COP21. Para entender este acontecimento, vamos lembrar o historial das reuniões das organizações intergovernamentais para o ambiente e depois vamos apresentar os objetivos da COP21.
Em 1992 as Nações Unidas reuniram-se, no Rio de Janeiro, para uma primeira conferência sobre o meio ambiente e o desenvolvimento. Durante esta, quase todos os países do mundo assinaram a Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (CQNUAC ou UNFCCC em inglês). Os países que assinaram comprometeram-se a limitar as suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), gases responsáveis pelo aquecimento global. Diferentes protocolos podem endurecer os limites, como o famoso protocolo de Quioto de 1997. Os países devem também reunir-se com frequência durante as Conferências das Partes (COP) para falar da situação e tomar novas medidas. Estas são soberanas, o que significa que são superiores às leis nacionais de cada país e que devem ser aplicadas por todos. Contudo, a CQNUAC tem dificuldades em impor-se. O exemplo mais significativo é a recusa dos EEUU para firmar assinar o protocolo de Quito, não obstante ser um dos países mais produtores de GEE no mundo. Além disso, nota-se pouco progresso na redução dos GEE desde 1992, apesar de esforços comuns. As mudanças são avaliadas de maneira constante pelos membros especializados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC do inglês Intergovernmental Panel on Climate Change), outro órgão intergovernamental criado em 1988 no âmbito da ONU e possuidor do prêmio Nobel da paz de 2007. O seu papel é de sintetizar, para o melhor entendimento dos políticos e das populações, todas as informações científicas a respeito da mudança climática, dos seus impactos ambientais e socioeconómicos e das respostas possíveis ao problema.
Agora que conhecemos melhor os diferentes elementos que participam na tentativa de resolução da mudança climática, vamos falar da COP21, chamada assim por ser a 21a Conferência das Partes desde 1992, e que vai ter lugar em Paris. Tem diferentes objetivos para chegar a um novo plano coletivo que permitira estabilizar o aquecimento em menos de 2oC (a temperatura que os cientistas consideram como o limite antes de que os danos sejam irreversíveis). De momento, todas as medidas só permitem limitar o aquecimento aos 3oC e, então, a primeira parte da conferência vai consistir numa apresentação de cada país relativamente às suas medidas, para  partilhar ideias e melhorá-las. Num segundo tempo, tentarão propor soluções para as partes do mundo onde as consequências da mudança climática já são irreversíveis. O terceiro objetivo principal é  encontrar uma maneira de organizar as economias para que a partir do ano 2020 se mobilizem 100 bilhões de dólares por ano  para a resolução da questão climática. Paralelamente a estes acontecimentos políticos, acontecerão em Paris muitos eventos para sensibilizar as populações de maneira mais direita, como o evento “Solutions COP21” no Grand Palais que vai propor uma série de filmes, atividades, conferências, debates e exposições sobre as diferentes soluções para continuar a viver em respeito com a nossa terra.
O mundo intero parece ter consciência da necessidade de atuar rapidamente. No entanto já vimos a pouca eficiência das COP precedentes. De onde vem a incapacidade dos políticos para tomar decisões realmente fortes? Só podemos propor hipóteses, uma delas é bastante convincente: a carência de autonomia dos políticos. Eles têm tanto medo de não ser eleitos ou de não ser financiados por atores privados que não têm a coragem de atuar com força. Para eles, o que está em jogo é o seu lugar no xadrez geopolítico, não o estado do planeta. Se olharmos os mecenas da COP21 encontramos organismos como a Coca-Cola que são responsáveis por problemas muito importantes para o planeta. Acho que a única solução para chegar a umas decisões eficientes é separar o pensamento ambiental das ideologias políticas e financeiras. 

A identidade gastronómica de Portugal

Ainda que a comida possa parecer ser um elemento cultural muito importante, é sem dúvida essencial para a identidade duma comunidade, e isso em vários níveis. Vamos tentar vê-lo com o exemplo da importância cultural da gastronomia portuguesa.
Primeiro temos que compreender porque razão a gastronomia pode ser considerada um elemento cultural importante, até mesmo um elemento do património. Segundo a UNESCO, o patrimônio imaterial cultural é as práticas, as representações, as expressões, os conhecimentos e as capacidades transmitidas numa comunidade de geração em geração. Deve ser ao mesmo tempo tradicional e contemporâneo, ser capaz de integração, ser representativo duma comunidade e ser reconhecido por isso. É bastante evidente que a arte culinária responde a todos estes critérios. É uma prática mas também um conhecimento e uma capacidade que se transmite a cada geração, seja oralmente ou através de receitas escritas. Esta transmição é uma maneira de conservar uma tradição mas atualizando-a de cada vez, conferindo-lhe o seu caráter passado e contemporâneo. Demonstra capacidade de integração com os várias mudanças que efetua cada vez que aparecem novos alimentos ou com a adaptação de alguns pratos vindos de outros países. Para terminar com a generalização, temos que admitir que geralmente a comida  é  aceite pela sua comunidade porque  ela continua a fazê-la e a comê-la. A questão da representação que a comida é para a sua comunidade é mais complicada porque algumas culturas culinárias misturam-se tanto com outras que não podem ser consideradas própias de uma só comunidade,  mas comuns a várias. Acho que é nesta questão da representação que podemos verificar o elemento determinante que nos permite saber se uma comida é ou não um elemento cultural de uma comunidade. Então, qual é o caso da comida portuguesa?
Primeiro, a gastronomia portuguesa cumpre muito bem os dois critérios de tradição e de modernidade. Podemos comprová-lo com os menus dum restaurante  que propõe uma grande variedade de pratos compostos de bacalhau, uns vinhos próprios de Portugal, o uso importante do azeite, etc. Estes elementos tradicionais são atualizados por chefes como Avillez que, durante a Gastronomika 2015, fez pratos  “de memória” numa competição moderna . Quanto à integração, é tão importante na comida portuguesa que quase é um dos seus elementos próprios: com a colonização, foram importados alimentos do Brasil, da Ásia ou de África que foram integrados na cozinha local, nomeadamente o uso de especiarias, de feijão, de batata, que são agora produtos essenciais.
O caráter representativo da gastronomia aparece pelo comportamento dos que a praticam. A gastronomia não determina somente o que se come mas a maneira de viver dum grupo. Assim, a existência de numerosos nomes para o café em português é a prova da importância deste alimento. A existência de um termo para uma quinta refeição na noite demonstra um comportamento que não existe em todos os países. Mais a representação é sobretudo visível desde afora: se estrangeiros reconhecem a singularidade da comida portuguesa é porque deve ter algo de representativo. Efetivamente, notamos que um autor como o italiano Antonio Tabucchi celebra a comida portuguesa como única nos seus romances . A presença de restaurantes de comida portuguesa como A Casa Portuguesa  é também revelador de um reconhecimento internacional dessa comida.
Chegamos à pergunta do reconhecimento pelos próprios portugueses. Outra vez o simples fato de os portugueses continuarem transmitindo essa tradição é uma prova de que pelo menos a reconhecem como um elemento essencial do seu quotidiano. Outra prova é o lugar importante da gastronomia em fontes de informação como a página Wikipédia de Portugal  ou um sítio de turismo oficial de Portugal . Mostram que a sua gastronomia está reivindicada por Portugal como um elemento original e próprio da sua cultura.
Penso concluir nesta ideia de reivindicação. Mais que simplesmente reconhecê-la, Portugal reinvidica a sua gastronomia, tornando-a num elemento identitário e nacionalista. Assim têm organizado um Dia Nacional da Gastronomia para celebrar nacionalmente os seu patrimônio culinário, o último domingo de maio, como podemos ver neste artigo . Vou terminar com uma citação do chef português que participou na Gastronomika 2015 de San Sebastian (evento culinário internacional): “Estamos ao lado de Espanha, mas temos uma identidade própria”, afirmação clara e direita duma identidade determinada por uma singularidade culinária.


Geografia e etnografia de Portugal

Do ponto de vista da etnografia, Portugal e uma nação com maioria de população europeia, embora a cultura portuguesa esteja formada por muitos elementos de grupos humanos e culturas tão dispares como a celta, a romana e a moura. A religião majoritária é a cristã católica, e quase toda a população partilha uns elementos culturais comuns, como podem ser a língua portuguesa, a literatura popular e culta, o desporto (nomeadamente o futebol) e outros elementos mais indefiníveis como a saudade. Apesar de ser um povo relativamente uniforme, há pequenas diferenças culturais, linguísticas e etnográficas entre as regiões do Norte, do Centro e do Sul do país.
No tocante á geografia, Portugal também conta com diferenças entre o norte e o sul e entre o interior e a costa. A região do Norte e do Centro são mais montanhosas e com temperaturas mais temperadas, enquanto a do Sul tem temperaturas mais cálidas e um solo mais chão. Alem disso, achamos também diferenças linguísticas entre os dialetos do norte, mais próximos ao galego e os do sul, que tornaram para se considerarem como a “norma” linguística pelo poderio econômico e administrativo da cidade de Lisboa. Ademais, não podemos esquecer os arquipélagos de Madeira e de Açores, que também fazem parte do Estado.
Quanto á divisão administrativa, o país conta com muitas e complexas subdivisões que se baseiam em muito diversos fatores. Assim, de acordo com a Wikipédia, a divisão em províncias possui uma grande implantação entre a população embora tenham sido extintas do Estado com a constituição de 1976. Esta divisão em 11 províncias tem em conta elementos geográficos, especialmente os dous rios mais importantes de Portugal, o Douro e o Tejo. A estas províncias haveria que acrescentar-lhe Madeira e as Açores.
Desde meados da década de 1990 começou uma discussão sobre a Regionalização de Portugal em oito ou nove regiões, que incluiu propostas de diferentes governos para dividirem administrativamente o Estado e até um referendo que contou com escassa participação por causa da pouca e errada informação que o povo recebeu sobre o processo. A divisão, que ainda hoje não entrou em vigor, propunha oito regiões que, de norte a sul e de oeste a leste, seriam: Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Litoral, Beira Interior, Estremadura e Ribatejo, Lisboa e Setubal, Alentejo e, por fim, Algarve.

Contudo, compre termos em conta que as divisões políticas muito raramente são um reflexo de divisões culturais ou sociais. Portugal, no que a isto respeita, não é uma exceção. Assim, as divisões interiores (se calhar com a exceção da divisão Norte-Centro-Sul) não trazem consigo diferenças importantes entre a população do país. Do mesmo modo, a fronteira leste com a Espanha não implica uma diferença cultural extrema e imediata. Isto fica claro especialmente ao olharmos a fronteira norte com a Galiza, onde há um continuum cultural e linguístico que não se vê interrompido pelo Minho e que demonstra que as fronteiras são apenas, em muitos casos, um construto político.

Fonte: Wikipédia

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A GEOGRAFIA DE PORTUGAL

Portugal é um estado localizado na Europa ocidental. A sua área continental está localizada na Península Ibérica. O país faz fronteira ao sul e oeste com o Oceano Atlântico por 1.793 quilómetros de costa. A leste e norte Portugal faz fronteira com Espanha.

Apesar do tamanho desta fronteira, Portugal não reconhece o espaço entre a fronteira do rio Caia e Cuncos desde a anexação do território de Olivença pelo reino de Espanha, em 1801. Esta área é reivindicada por Portugal, mas é oficialmente parte da província espanhola de Badajoz.


Portugal é dividido em dois por seu principal rio, o Tejo. O norte de Portugal tem uma paisagem montanhosa nas zonas do interior. No sul, as planícies permitem o desenvolvimento de áreas agrícolas férteis.

 Entre o Minho e o Douro pode ser encontrado, de oeste para leste, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, na fronteira com a Cabeça de Meda (Cabeça de Meda, 1.316 m). Depois, encontramos a fronteira serra de Xurés / serra do Gerês e mais ao sul, sempre nesta área ao longo do rio Douro, está a serra da Cabreira e a sul de Bragança, a serra de Nogueira. Um pouco mais ao sul, em direção à fronteira espanhola, vemos a serra de Mogadouro.
Os picos mais altos do país estão na serra da Estrela, que não é senão uma serra que prorroga o Sistema Central espanhol. O ponto mais elevado é a Torre, na serra da Estrela, com 1993 metros de altitude. O monte Malhão alcança os 1991 m.

A sul do Tejo até ao Algarve, a paisagem é plana. As poucas montanhas são de baixa altitude. O monte mais alto, o Foia, tem uma altura de 902 metros. Há ainda áreas pantanosas como os vales mais baixos do Tejo e Sado.

A costa portuguesa é extensa e tem 943 km em Portugal continental, 667 km nos Açores e 250 km na Madeira e as Ilhas Selvagens. A costa portuguesa tem muitas praias e as praias do Algarve são uma das mais famosas do mundo.

Os principais recursos naturais de Portugal são: peixes, florestas e silvicultura, ferro, urânio, mármore, terras aráveis e a energia hidroelétrica.

As cidades mais importantes de Portugal são: Lisboa, Porto, Braga, Funchal, Coimbra, Aveiro, Guimarães e Viana do Castelo.

Portugal tem muitos visitantes por ano, é um país muito económico e podes saborear muita boa comida e muitos bons produtos feitos no país.

Etnografia de Portugal

A cultura de Portugal está enraizada na cultura latina da Roma antiga com influências celtas e semitas. Há muito tempo que Portugal está aberta para o mundo. Portugal recebeu pessoas de diferentes origens: Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos (que deixaram a língua falada no país), povos nórdicos e povos de Mauritânia.

No final do século XIII, D. Dinis criou a primeira universidade em Portugal, uma das mais antigas da Europa.

Apesar de tantas misturas, este país é dos mais antigo da Europa. Portugal faz parte da União Europeia desde 1986, mas isso não impede de continuar construir as suas próprias forças.

A EMIGRAÇÃO EN PORTUGAL

Neste artigo falaremos sobre a migração em Potugal e a perda de população por diferentes fatores ao longo da história. A perda de colónias ou a guerra são alguns dos fatores de que falaremos.

Portugal é um país moderno, com uma população em rápido envelhecimento, igual a outros países europeus. Sua população é de 11 400 000, dividida em 20% menores de 15 anos, 60% entre 15 e 65 anos, e 20% com mais de 65 anos.

A maioria da população vive na costa e regiões do norte como Lisboa e Porto são as áreas mais povoadas do país. Isto acontece porque em meados do século XX a industrialização em Portugal gerou o abandono progressivo do campo, especialmente perto da fronteira com Espanha, trazendo a população para as cidades como as mencionadas acima. Estas cidades hoje, juntamente com outras, como Braga, Setúbal e Algarve, são fortes centros industriais e áreas turísticas.

Quanto à migração, Portugal é famosa pelo seu passado e pelas suas colónias ultramarinas. O colonialismo português durou até meados do século XX, com uma população de cerca de dois milhões de pessoas a viver fora do próprio país. É importante mencionar aqui o grande papel do Brasil, país de acolhimento de  uma grande parte da população. Na época da Segunda Guerra Mundial é também notável o número de português que se mudam para países como a França e a Alemanha. Estes emigrantes enviaram depois dinheiro para o país de origem, e isto foi um fator importante para Portugal. Esta migração foi muito importante para o país, já que a população de Portugal diminuiu. Esta situação mudou com o advento da democracia e a perda das colónias, gerando um aumento significativo na população portuguesa.

Em Portugal vivem atualmente perto de 450.000 imigrantes, cerca de 5% da população. Estes imigrantes vieram, em grande parte, das ex-colônias de Portugal. Depois que o país entra na União Europeia em 1986, o número de imigrantes continua a aumentar. Esta população imigrante concentra-se principalmente em áreas costeiras e nas grandes cidades.


A GASTRONOMIA EM PORTUGAL

Desde o bacalhau em mil e uma versões, aos pratos de marisco, passando pelos arrozes do norte, as cataplanas do Algarve ou os pastéis de Belém... a gastronomia de Portugal apresenta-se tão variada como antiga.

A gastronomia portuguesa pode enquadrar-se na chamada “cozinha mediterrânea”, localizada geograficamente na zona do Mediterrâneo, e baseada sobre tudo em três elementos: o pão, o vinho e o azeite. Como já mencionamos, existe uma grande variedade de pratos, sabores, texturas, cheiros… que podem dever-se, por exemplo, à influência das ex-colónias portuguesas da Ásia, África ou América, visto no seu uso de especiarias como o piri-piri, a pimenta ou a canela, entre muitas outras. Também é digno de mencionar que, apesar da catalogação como “cozinha mediterrânea”, na cozinha portuguesa o uso de lentilhas ou beringelas é escasso , ao contrário do que acontece noutros países.
Esta cozinha tem sabido preservar certamente as suas raízes e tradições com um plantel de comida proveniente do mar ou camponesa, por assim dizer, sempre dentro de uma cozinha caseira e tradicional.

Portugal é um país percorrido de norte a sul pela costa e é por isto que o peixe e o marisco sejam a base da sua alimentação. Entre seus ingredientes podemos destacar o uso de alho, ervas aromáticas como a salsa, o açafrão e inclusive o gengibre.

Uma vez sentados à mesa, prontos para comer, o típico no país luso é servir de entrada uma sopa, entre as quais se destacam o “caldo verde” (que tem couve picada finamente e batata) e a sopa de nabiças.

Depois da entrada, e já como pratos principais, a variedade é enorme, onde podem aparecer tanto carnes frequentemente acompanhadas por arroz, como peixe que costumam ir acompanhado por batatas cozidas. 

Mencionamos aqui os pratos mais característicos: sardinhas à na brasa; pratos guisados, como as caldeiradas ou cataplanas, de caráter são e nutritivo, entre os quais se destacam especialmente os de peixe ou marisco com arroz ou batatas, ainda que os guisados também possam ser de carne e inclusive de massa. De mencionar também o leitão, a costeleta de porco assada, sendo o porco uma das carnes mais comidas em Portugal.  O ingrediente por excelência nos pratos portugueses, o bacalhau, é um bacalhau curado e salgado que se pode cozinhar de mil e uma maneiras (frito, no forno, cozido…), como se disse no famoso programa de televisão espanhola (Masterchef): que em Portugal há uma receita de bacalhau diferente para a cada dia do ano. Destacamos que na zona do sul a gastronomia é a mais similar à mediterrânica, onde se destaca a cataplana de mariscos.
E já finalmente nas sobremesas, o prato por excelência são os chamados Pastéis de Belém, uns pequenos bolos de creme que se servem com canela. A sua receita é ainda hoje em dia secreta.

Bom proveito!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Meios de comunicação social portugueses

Neste artigo sobre os meios de comunicação em Portugal, vamos fazer um passeio pelos diferentes meios que podemos encontrar no país lusófono.
Começamos falando da televisão. Em Portugal a maioria das casas possui televisão por cabo, pois é muito barato, há muitos canais. Existem canais públicos que oferecem diferentes tipos de entretenimento, desde documentários até filmes ou programas do coração. Mas se queres aprender melhor o português recomenda-se que vejas alguns dos canais nacionais, pois é a maneira de conhecer melhor a língua portuguesa e a suas variações, pois é diferente a pronunciação, por exemplo, de Lisboa o e Porto. Os canais mais importantes de Portugal são: RTP 1 e RTP 2, SIC, TVI ou SIC notícias.
Outro meio de comunicação português é a rádio. Se gostas de ouvir a melhor música comercial do momento, podes sintonizar as frequências de rádio mais ouvidas en Portugal, além disso, é uma maneira de ouvir as notícias que acontecem no país, e também é uma maneira útil para aprender um pouco da língua. Os canais mais ouvidos en Portugal são: RFM, Orbital, Cidade FM, Mega Hits FM, Rádio Comercial, Rádio Capital, Rádio Renascença e Antena 1.
Se gostas de ler, o melhor é ler os jornais, pois é uma boa forma de praticar e melhorar o teu português através dos jornais. Por exemplo, se você apanhas o metro encontrarás em todas as estações do metro jornais diários gratuitos, como o Metro, que possuem a informação mais importante que acontece no país. Também há jornais pagos que poderás comprar nas bancas de jornais, como o Correio da Manhã, o Diário de Notícias ou o Público em Lisboa, ou se preferires,  e está no Porto, podes encontrar o Jornal de Notícias, O Jogo ou O Primeiro de Janeiro. Além de jornais, há também um grande número de revistas de todos os tipos e conteúdo como podem ser Euronoticias, O Cardo ou Imediato, entre muitas outras.

E como não poderia ser,  neste momento o grande meio de comunicação é a Internet. Na rede podemos encontrar televisão on-line, como jornais, revistas, estações de rádio... tudo hoje está informatizado. Alguns exemplos de estas páginas podem ser tvi24, Gazeta digital, etc. Dentro da internet também poderíamos incluir as redes sociais (twitter, facebook...) já que existem contas dos meios nestes campos.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Os meios de comunicação social na sociedade atual

A importância que com o tempo foram alcançando todos os meios de comunicação na sociedade pós-moderna é imensa. Na sociedade da informação os meios não apenas oferecem informações sobre o que está a suceder no mundo, mas também chegam a construir ideias no ouvinte ou leitor, convencendo-o e modelando a sua opinião, dirigindo-a para onde os dirigentes do meio quiserem. Os meios declaram culpáveis e ditam sentença antes que o faça um juiz, participam em todos os espaços da vida pública, exercem pressão sobre os poderes políticos e comerciam com a sua influência. Acaso é demasiado o poder que possuem estes meios?
Os meios apresentam-se como um conjunto de vozes diversas que oferecem pontos de vista objetivos, mas livres. Porém, na realidade, descobrimos que todos ou uma boa parte deles pertencem a uma ou duas corporações. Se nos cingirmos ao caso português (ainda que pudesse facilmente aplicar-se a qualquer sociedade ocidental) verificamos que quase todos os meios importantes são geridos pela Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social (CPMCS) . Vemos, logo, como a direção dos meios de comunicação se pode rastejar até nos acharmos perante uns poucos nomes próprios, com uma face mais ou menos pública e um enorme capital económico. Acontece então que os meios se regulam do mesmo jeito que as grandes corporações, formando ramificações que vão dar, no seu cúmio, a uns poucos nomes absolutamente reconhecíveis (Coca Cola, Nestle, Microsoft, etc.). Assim como estas corporações, os meios de comunicação também mascaram o seu monopólio com nomes diferentes e pontos de vista pretendidamente divergentes, mas que, afinal, obedecem aos mesmos interesses, quer dizer, os interesses do poder e dos seus dirigentes.
Com certeza que há meios de comunicação e pessoas que procuram manter a sua independência e a sua voz própria, mas a falta de capital económico impede a “cacarejada” liberdade de prensa. Assim, para fazermos chegar as nossas ideias ao grande público são precisas ingentes quantidades de dinheiro, que apenas as mencionadas corporações podem permitir-se. O aceitamento tácito da objetividade destes meios tem, portanto, um grande perigo para a sociedade em geral, que longe de se mostrar crítica com a opinião dos meios, recebe-a como se fosse imparcial e isenta de ideologia, como se esta fosse a verdade absoluta e indiscutível. 


A internet pode ser uma oportunidade para essoutras pessoas que quiserem divulgar as suas visões do mundo e do que nele acontece e não têm os meios económicos para fazê-lo. Muitos cibernautas  desconfiam já dos interesses dos meios de massas e procuram o rastro dos seus donos e do objetivo que eles possam pretender. Fica por ver se a internet se descobre como uma ferramenta capaz de nos orientar para uma visão mais crítica e matizada do mundo em que vivemos.


Imagem tirada de: https://averdademanipulada.wordpress.com/

As nações sem estado da Europa

A propósito das recentes eleições ao parlamento da Catalunha e do referendum realizado na Escócia há poucos meses,  é necessário um pequeno relembrar as diferentes nações da Europa que não contam hoje com estado próprio e os problemas que isto lhes possa gerar. O conceito de nação  é e sempre foi problemático, mas costuma definir-se como um grupo de pessoas que partilha uma mesma língua, grupo étnico e costumes e que se relaciona com um determinado território.

A negação dum estado para estes grupos de pessoas pode mesmo chegar a provocar guerras cruéis, como a relativamente recente Guerra Civil Jugoslava. As ânsias de independência ou de autonomia para a nação sem estado também levam à criação de grupos armados, coma o IRA irlandês ou a ETA  euskara.

Na própria Península Ibérica podem-se distinguir ˗pelo menos˗ cinco nações diferenciadas: a portuguesa, a espanhola, a galega, a basca, e a catalã, das  quais apenas as duas primeiras contam com estado próprio. As circunstâncias históricas das primeiras décadas da Idade Moderna deram origem a que todos os reinos medievais ˗inclusive Portugal por um tempo˗ passassem a fazer parte da Coroa castelhana, que mais tarde seria chamada Reino da Espanha. As políticas históricas do Estado Espanhol em matéria nacional e linguística tentaram emular as do Estado Francês, com uma dura repressão das três nações do norte peninsular. Deste modo, no século XIX e com o pensamento do Romantismo, surgiram reações nacionalistas entre umas elites, que se estenderam durante o século seguinte entre o resto da  população, com maior ou menor êxito[1]. O resultado são as atuais reivindicações de independência na Catalunha ou a luta pela defesa da língua na Galiza.

Ao contrário do que aconteceu na Espanha, na França não chegaram praticamente a surgir movimentos nacionalistas, pois a forte centralização do Estado moderno francês provocou que no dia de hoje línguas como a bretã ou a occitana estejam limitadas à povoação idosa do mundo rural desses territórios. Desde a Revolução Francesa promoveu-se desde Paris um sentimento “afrancesador” que murchou qualquer outro sentimento nacional.

Outro exemplo é o Reino Unido, que historicamente também levou a cabo uma política repressora que provocou uma situação preocupante para as línguas das ilhas que não são o inglês[2]. Porém, o domínio da nação inglesa sobre a galesa, a escocesa e a irlandesa relaxou no século XX com o enorme grau de autonomia política outorgado às distintas nações, que contam com um parlamento com muitas potestades. Contudo, as reivindicações escocesas continuam a ser constantes apesar da perda do SI no referendo de setembro do ano passado. Alem disso, o imperialismo inglês causou na Irlanda a divisão da ilha e da sociedade, com episódios violentos entre os protestantes da parte britânica e os católicos da parte independente.

Ficam sem mencionar muitas outras nações europeias que, por uma ou outra razão, não contam hoje com um estado próprio que garanta os direitos linguísticos e culturais dos seus cidadãos. Apesar estar internacionalmente reconhecido o princípio de autodeterminação dos povos, muitos povos seguem a sofrer medidas repressoras que nalguns casos atentam contra os seus direitos humanos e que causam os problemas já mencionados.








[1] Maior no caso da Catalunha e Euskadi e algo menor no caso da Galiza.
[2] Isto aconteceu mesmo na Irlanda, que é indepêndente desde os anos 20.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Turismo ecológico (grupo 3)



Alba Díaz 
Cristina Piñón 

Hoje no blog vamos tratar um tema muito pouco conhecido por muita gente: o turismo ecológico. Este turismo não é tão promovido como o turismo de massas que faz deslocar cada ano milhões de pessoas à volta do mundo. Este tipo de turismo é dirigido às pessoas que gostam do meio ambiente, que desfrutam da calma, do contato com a natureza e das atividades ecológicas e rurais. 
E vocês perguntar-se-ão: “O que é que fazem as pessoas quando fazem turismo ecológico?” Bom, estas pessoas normalmente estão muito consciencializadas de que há que cuidar do planeta, porque só há um, e tudo o que fazemos se repercute no seu estado, pelo que se preocupam em não o contaminar com lixo e ajudam a melhorá-lo para as gerações futuras. Esta mentalidade é a razão principal para fazerem turismo ecológico, no qual podem brincar com a terra, fazer hortas orgânicas, cultivar plantas e árvores autóctones, aprender a fazer reciclagem ou divertir-se com gincanas ecológicas, além de realizar rotas a pé, montar a cavalo ou andar de bicicleta. 
Uma das coisas mais imprescindíveis é saber que estamos a cuidar da natureza e de todas as coisas maravilhosas que ela tem. Em consequência, é importante saber as propriedades dos produtos ecológicos, como os adubos naturais, que são muito mais respeitosos tanto para a natureza como para a nossa própria saúde, já que evitamos utilizar produtos químicos. Também colaboramos com a luta contra as imensas quantidades de plástico que geramos dia a dia e que tanto mal fazem. Estas ações ajudam a criar um ambiente muito melhor para todos. 
Este turismo é apto e recomendável para todo o mundo, até para os pequenos da casa. As crianças também se podem consciencializar com o cuidado do planeta fazendo o que mais gostam: brincar. Podemos mostrar-lhes como é que podemos colaborar separando o plástico, o papelão e o vidro em diferentes lixeiras; como aproveitar o cartão do papel higiénico ou as garrafas para construir castelos e camiões como brinquedos. Não é necessário que sejam ativistas, mas sim que tomem consciência das coisas naturais e dos animais. O melhor que podemos fazer é dar o exemplo, porque as crianças quando são pequenas costumam repetir as ações dos adultos. 
Agora, o que vocês se estarão a perguntar é: "O que temos de fazer para desfrutar deste tipo de turismo?" Bem, corram a uma agência de viagens e perguntem pelo turismo ecológico. Há um monte de lugares e de certeza que algum deles se encontra muito perto da sua casa. Divirtam-se sem estragar o planeta, aprendam coisas novas e sintam-se melhores pessoas. 

Podem clicar nas seguintes ligações para ler mais informação sobre ecoturismo:


Profissões inovadoras


"Não desperdice o tempo pois é o material de que é feita a vida".  
Benjamin Franklin 

Por:
Gabriel Ares Cuba 
Sara Cambeiro Vázquez 

“Todas as coisas nos são alheias; apenas o tempo é nosso”, dizia Séneca. O que queria dizer com isto é que a única coisa que nos pertence é o tempo pois nós não podemos manejar mais nada. Segundo Benjamin Franklin, “o tempo é ouro”, o que quer dizer que o tempo é tão valioso como o prezado metal.
As citações mencionadas têm relevância para a profissão de corretor do tempo pois esta baseia a sua mecânica no tempo do que cada pessoa dispõe. Esta profissão já está a desenvolver-se em certos lugares e constitui, para muitas pessoas, uma forma diferente de viver. Muita gente já não se sente satisfeita com o sistema capitalista onde o dinheiro possui o podium das suas vidas.
O modo de vida rápido ao qual as pessoas estão conectadas faz com que elas percam muitas oportunidades de serem felizes. Ter um bom trabalho e ganhar dinheiro são, muitas vezes, os nossos principais interesses, mas o tempo que se gasta para obter estes interesses não volta. O tempo é fugaz. É por isso que esta nova profissão traz esperanças para aquelas pessoas que já não querem perder o tempo sendo infelizes.
A profissão da qual se escreve aqui tem como objetivo a troca do tempo das pessoas, dando-lhe um valor, dependendo do momento e do lugar. É um conceito muito similar ao corretor da bolsa. A vantagem deste modo de ver a vida é que as pessoas já não precisam de ter dinheiro para adquirir bens e serviços.
Porém, nem tudo é tão bom como parece. Esta profissão inovadora também traz problemas, pois o tempo acaba por converter-se em dinheiro, e é o tempo que começa a ser uma moeda de troca. Estaríamos, pois, a transformar o tempo em algo material, o que pode ser prejudicial para nós se  tivermos em consideração o que dizíamos no começo do texto. Se eliminarmos o dinheiro das nossas vidas, mas introduzimos a troca de tempo, corremos o risco de cair num sistema parecido com o)capitalismo.
Além disto, é muito importante ter em consideração que nem toda a população pode dispor do tempo em qualquer situação.  Isto deve-se a que o sistema económico em que vivemos nos obriga a estarmos constantemente disponíveis. Por esse motivo, não consideramos esta profissão tão positiva como parece. Para nós, não é uma solução nem a curto prazo nem a longo prazo.

Procura trabalho na União Europeia?


Por: 
 Ares Cuba, Gabriel 
Cambeiro Vázquez, Sara 

Procura trabalho na União Europeia? Se é assim, pode ir trabalhar por um período curto noutro país da União Europeia (inferior a dois anos) e continuar coberto pelo sistema de segurança social do seu país de origem. Nesse caso, é considerado um trabalhador destacado. Não importa se é você trabalhador por conta de outrem ou se é você trabalhador por conta própria. 
Não necessita de ter uma autorização de trabalho, a não ser que seja destacado da Croácia para a Áustria ou a Alemanha, onde ainda há restrições em determinados setores. Em muitos casos, não precisa do reconhecimento das suas qualificações profissionais, mas noutros casos é preciso apresentar uma declaração escrita. Continuará a fazer descontos no seu país de origem e continuará coberto pela segurança social do seu país de origem. 
Porém, isto não significa que não deve seguir as normas nacionais do país de acolhimento. Quer dizer que poderá ter que pagar por serviços que no seu país de origem são de graça. Se deseja continuar com a cobertura de segurança social do seu país de origem, necessitará de um formulário A1, que substituiu o formulário E101. Este formulário prova que continua (e também aquelas pessoas a seu cargo) coberto pelo sistema de segurança social do país de origem enquanto estiver no estrangeiro, durante um período máximo de dois anos.    
Deverá poder apresentar o formulário A1 às autoridades em qualquer momento durante a sua estadia no estrangeiro. Caso contrário, poderá ter de pagar os descontos da segurança social no país de acolhimento. Se for controlado e apresentar um formulário A1 válido, o país de acolhimento é obrigado a reconhecê-lo. Poderá ter de preencher uma declaração prévia na qual exponha a sua intenção de trabalhar no país de acolhimento. Se for trabalhador por conta de outrem, essa declaração é da responsabilidade do seu empregador. 
Se vai ficar a trabalhar no estrangeiro mais de dois anos, pode solicitar uma isenção para continuar coberto pelo sistema de segurança social do país de origem durante todo o período de destacamento. Estas isenções, que variam dependendo de cada caso, exigem o acordo das autoridades competentes dos países em questão e só são válidas por um período predefinido. Se não se beneficia de uma isenção, só pode manter a cobertura de segurança social do país de origem durante dois anos. No final desse período, poderá continuar a trabalhar no estrangeiro, mas terá de mudar para o sistema de segurança social do país de acolhimento e fazer os seus descontos nesse país.
Em caso de ir trabalhar por conta de outrem, o seu empregador é obrigado a respeitar as regras básicas em matéria de proteção de trabalhadores assalariados durante todo o destacamento, nomeadamente no que se refere aos seguintes aspetos: salário mínimo (a sua remuneração não pode ser inferior ao salário mínimo local), períodos máximos de trabalho e períodos mínimos de repouso, número de horas de trabalho (não pode trabalhar mais de um certo número de horas), férias anuais remuneradas mínimas (tem direito a férias), saúde e segurança no trabalho. Há ainda proteção no emprego para grávidas e jovens e a proibição do trabalho infantil. 

 Biliografia:  

Ecoturismo



Por:
Ares Cuba, Gabriel
Cambeiro Vázquez, Sara

Segundo a EMBRATUR (Instituto Brasileiro de Turismo) o ecoturismo é um «segmento de atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o património natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas». É o segmento turístico que mais cresce no mundo. O turismo convencional cresce 10% ao ano, enquanto que o turismo ecológico cresce entre 15% e 20%.
Apesar de que o trânsito de pessoas e veículos possa ser agressivo para o meio ambiente, os defensores da sua prática argumentam que este tipo de turismo contribui para a preservação da natureza e é uma proposta educacional muito efetiva.
Para que uma atividade se considere uma atividade de ecoturismo, deve garantir, em primeiro lugar, a conservação dos recursos naturais e culturaise,  em segundo lugar, a educação ambiental. Por último, deve gerar benefícios para as comunidades recetoras. Os defensores deste tipo de atividades promovem-as como uma forma de praticar turismo em pequena escala, uma prática mais ativa e intensa do que outras formas de turismo; uma modalidade de turismo na qual a oferta de uma infra-estrutura de apoio sofisticada é um dado menos relevante; uma prática de pessoas esclarecidas e bem-educadas, conscientes de questões relacionadas à ecologia e ao desenvolvimento sustentável, em busca do aprofundamento de conhecimentos e vivências sobre os temas de meio ambiente; e, finalmente, uma prática menos espoliativa e agressiva da cultura e meio ambiente locais do que formas tradicionais de turismo. 
Na Galiza há muitas opções de ecoturismo, mas o maior ponto de ecoturismo que se pode achar de maneira não muito complicada é o Parque Natural das Fragas do Eume, situado no norte da comunidade.



O Parque Natural das Fragas do Eume é um dos bosques atlânticos melhor conservados da Europa. Dentro dos seus 9 000 hectares de extensão vivem menos de 500 pessoas, o que dá uma ideia do estado virgem destes bosques, que seguem o curso do rio Eume. O parque tem  forma de triângulo, cujos vértices e fronteiras são As Pontes de García Rodríguez, Pontedeume e Monfero.



A melhor forma de conhecer o parque é caminhando. Entre a sua vegetação pode-se achar carvalhos, choupos, freixos, amieiros, mais de 20 espécies de fetos e 200 de líquenes. Por vezes, a flora é tão espessa que não deixa passar a luz. Porém, este bosque sombrio e secreto oculta águas, fontes e fervenças. Aqui não há verde, aqui há paisagens de mil verdes. E escondido no coração do bosque está o Mosteiro de Caaveiro, um antigo cenóbio com mais de dez séculos de história e umas vistas espetaculares desta fraga mágica.

Bibliografia:
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecoturismo
- http://www.turgalicia.es/parque-natural-fragas-do-eume-presentacion?langId=es_ES

 

Portugal e a União Europeia





No seu início, Portugal era um país muito importante devido ao facto de possuir muitas colónias em tudo o mundo. Com os anos, esses territórios tornaram-se independentes e Portugal perdeu muito poder cultural e económico. Devido à sua situação geográfica, o país ficou isolado do resto do continente, até que em 1986 se aderiu à União Europeia, uma relação muito necessária pelos aspectos que veremos a seguir.
Portugal passava por uma etapa difícil em que tinha muitos problemas para subsistir economicamente sem o apoio de outros países. Por exemplo, a sua evolução demográfica era das mais baixas de toda a Europa, o país estava envelhecido e já não se garantia a substituição das gerações, a sua agricultura não prosperava, o gastos da despesa pública eram muito elevados, o que os levou a um endividamento imenso. Como consequência, o nível de produtividade e os salários desceram, e o nível de consumo era superior ao que se podiam permitir.
O governo português não era capaz de efetuar reformas que solucionassem as carências no sistema para melhorar a justiça, a saúde e a educação. Os dados estatísticos confirmam-no: a taxa de analfabetismo era de 9%, a mais elevada da Europa; só um terço dos portugueses registram mais de dez anos de formação académica; o déficit de um bom serviço e utilização da Internet provocou também uma retração da evolução, circulação e importação da cultura.
Quanto aos aspetos positivos, esta união trouxe muitas vantagens para o país, já que permitiu consolidar a democracia portuguesa, que passava por uma grande instabilidade política e deixou de ser problemática. Houve um desenvolvimento económico que permitiu a redução de impostos e a melhoria do nível de vida da população portuguesa, assim como também uma modernização. Aliás, devido à melhoria nas infra-estrutura dos transportes, o comércio exterior cresceu e permitiu um aumento considerável do seu capital.
Como conclusão, a europeização de Portugal melhorou consideravelmente a sua situação, já que pode responder às necessidades imediatas de modernização. O Governo quis reafirmar a identidade portuguesa como país que quer assentar a sua capacidade de existência, e combinar seus interesses nacionais com os internacionais. Mas ainda há um longo caminho por percorrer para esta finalidade.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Trabalhar em Portugal, uma opção para os médicos galegos





A APSEP (Associação de Profissionais da Saúde Espanhóis de Portugal) publicava em 2007 uns dados que mostravam que cerca de 3.000 médicos de Saúde pública portuguesa eram espanhóis, dos quais 1.200 eram galegos. O maior fluxo de pessoal produziu-se entre os anos 1998 e 2004, e teve a ver com as dificuldades de acesso ao trabalho e formação que existem para os médicos na Espanha. Em 1999, uma empresa galega, a Cosaga, começou mesmo a administrar clínica e financeiramente o hospital trasmontano de Valpaços. 
Hoje em dia, e apesar de as condições não serem tão favoráveis como há dez anos, muitos médicos continuam a preferir o sistema português, e ainda há uns 700 médicos galegos trabalhando no país luso, a maior parte dos quais continua a viver na Galiza e cruza a fronteira todos os dias. Os profissionais de Saúde são unânimes em afirmar que Portugal, não obstante pagar menos aos médicos do que a Espanha (uns 1000 euros concretamente), oferece ao pessoal médico melhores condições de trabalho. A possibilidade de aceder a uma vaga fixa com um contrato indefinido atrai muito médicos espanhóis, que têm de enfrentar a instabilidade do sistema espanhol, onde a maioria dos contratos são temporários. 
Enquanto o sistema de Saúde espanhol está saturado e não oferece  vagas suficientes, no português ocorre o caso oposto: há lugares, como as povoações do Norte do país, ou as zonas do Algarve e o Alentejo, onde não se preenchem as vagas requeridas pelos Centros de Saúde. Segundo o presidente da associação (APSEP), o galego Xoán Gómez Vázquez, a falta de mobilidade dos médicos portugueses, que preferem trabalhar nas grandes cidades, é outro dos motivos para que não sejam cobertas todas as vagas. Os médicos portugueses também optam por emigrar para países como a Inglaterra ou a França onde os salários oferecidos são muito maiores que em Portugal.
A privatização da Saúde que se está a viver na Espanha não só está a afetar os médicos, mas também os estudantes de Medicina. Muitos deles encontram sérias dificuldades para se especializarem, uma vez que na Espanha quase não há vagas em determinadas especializações, tais como Pediatria ou Cirurgia Plástica, que são muito requisitadas e, portanto, decidem fazer a especialização em Portugal, onde sobram vagas. 
Contudo, Portugal tão pouco se salva da má situação que está a viver a Saúde. Desde a implementação das medidas de austeridade no ano 2011, as condições deixaram de ser tão favoráveis. A carga fiscal que o Governo português está a realizar por meio da Segurança Social e dos impostos, ou com medidas como a Taxa de Solidariedade, fez diminuir consideravelmente o número de médicos que cruzam a fronteira. Um exemplo disto é a falta de cobertura das últimas 115 vagas para médicos de família, oferecidas este ano pelo Governo português em povoações do Norte, das quais 35 vão ficar sem cobrir, e para as quais só se apresentaram 7 médicos espanhóis.

Projeto Mars One




Quando em meados de 1997 a sonda espacial Sojourner enviou para a terra as primeiras imagens da superfície do planeta Marte, o empresário holandês Bas Lansdorp era ainda um estudante. Desde o momento em que as viu, ele soube que tinha um objetivo na vida: chegar a Marte de alguma forma. Lansdorp acabou por graduar-se em Ciências e Engenharia Mecânica, na universidade de Twente, e fundou uma empresa de energia eólica em 2008, a Ampyx Power. Três anos depois, venderia uma parte das suas ações para trabalhar no seu sonho. Hoje, com 38 anos, Lansdorp dirige o Projeto Mars One, uma associação não lucrativa que pretende criar uma colónia auto-suficiente e permanente em Marte, com quatro pessoas, para 2025. 

Desde a década de 1980, várias gerações de astronautas da NASA têm treinado para tal expedição ao planeta vermelho, que está prevista para 2030. Lansdorp não só quer antecipar-se à NASA, mas também que os seus exploradores não voltem. Esta iniciativa, que tem como objetivo enviar quatro colonos a cada dois anos, a partir de 2025, criando assim uma comunidade marciana, tão pouco conta com o financiamento de algum governo. Ela existe mediante o patrocínio de empresas e graças aos direitos de transmissão de documentários para a TV. 

Para recrutar os futuros colonos, em 2011 Mars One lançou uma convocatória, recebendo mais de 200.000 solicitudes. Mediante questionários, um vídeo onde explicavam os seus motivos para se mudar ao planeta, e algumas provas médicas, foram selecionadas 705 pessoas. 
O passo seguinte foi realizar entrevistas individuais e proporcionar aos candidatos uma tarefa a aprender. Os que passaram estas provas tiveram de responder a questões sobre a vida quotidiana e realizar uma prova psicológica. O estado mental dos participantes é muito importante, já que os selecionados vão ter de passar o resto da vida juntos num espaço reduzido, portanto, procura-se formar um grupo homogéneo com pessoas emocionalmente equilibradas. 

Os 24 finalistas, que foram determinados no passado ano, receberam um contrato com Mars One, e tiveram de passar por um treino intensivo, que inclui três meses por ano de confinamento num habitat simulado, o estudo de disciplinas como física, biologia ou botânica, além de receberem uma  instrução aeroespacial apropriada. Apenas os que superarem este treino terão sérias possibilidades de ir a Marte.
Este ano, vão-se determinar quem são os quatro eleitos, os quais deverão cumprir mais nove anos de treino rigoroso, durante os quais aprenderão a cultivar os seus próprios alimentos, a dar mantimento a unidades de suporte vital e a dar atenção e seguimento aos experimentos, além de se prepararem para assimilar psicologicamente o desafio.
Como é normal, são muitas as vozes que questionam a viabilidade de tal projeto. Existem inúmeros perigos, tais como a radiação cósmica, 200 vezes maior que na terra, a atrofia muscular e desmineralização óssea devido à ausência de gravidade bem como outros pequenos “detalhes”. A forma de produzir água e oxigénio também está a apresentar um problema, o qual os científicos de Mars One estão a tentar resolver, desenvolvendo uma forma de os extrair da água congelada que há no planeta.
Não obstante, no que todos os especialistas estão de acordo é que os problemas técnicos podem não ser nada em comparação com o problema da convivência dos colonos, daí a importância de encontrar o grupo de pessoas perfeito. Contando com os satélites que porão órbita, em 2018, a instalação duma estação espacial em Marte e a primeira viagem, a expedição terá um custo de 6.000 milhões de dólares, e estaria em perigo de não escolher bem aos futuros colonizadores de Marte.

 

Hábitos e modos de vida da juventude

"Ao encorajar as pessoas a conectar mais aparelhos, o que vai acontecer ao antigo contacto humano  de cara a cara?"
"Encontrei uma aplicação para isso ontem..."

Os hábitos de vida mudaram consideravelmente nos últimos tempos por causa da globalização e das mudanças que ela acarreta consigo. O século XXI veio carregado de novidades muito práticas para alguns, mas desconcertantes e desumanizadoras para outros. É que nem toda a gente está a favor de mudar os seus costumes por outros tão questionáveis como os costumes modernos, que parecem ser uma ajuda ao princípio, mas logo depois se convertem numa necessidade que pouco a pouco vai afastando a qualquer pessoa daquilo que de verdade importa na vida.
Uma maneira de perceber com claridade esta mudança que veio a acontecer nas últimas décadas é olhando as diferenças que há entre as pessoas mais velhas e os jovens. Hoje, poder-se-ia dizer que existe uma barreira quase intransitável entre avós e netos: nem um ancião compreende muito bem o que o seu neto faz, nem o rapaz ou rapariga sabe porque é que os seus avós falam dessa maneira. A principal causa disto é a diferença de valores, que é prova da enorme diferença que há entre a actualidade e a época que lhes tocou viver. Antes, os avós tinham que trabalhar desde de manhã até à noite para sustentar a família inteira, com menos recursos e muitas mais dificuldades. Não havia uma saúde tão boa, nem uma oferta de trabalho tão grande, nem era tão fácil obter as coisas necessárias para o dia-a-dia. Tampouco havia infra-estruturas de transporte tão desenvoltas, e só umas poucas pessoas tinham a possibilidade de estudar. 
Parece que agora vivemos muito mais seguros, com mais comodidades e o tempo livre é maior do que antigamente. O certo é que a segunda metade do século XX estabeleceu mudanças muito positivas para a melhoria das condições de vida da gente, por comparação com aquelas tão difíceis de antigamente. Mas o desenvolvimento acelerado das novas tecnologias que surgiram nos finais do século XX e começos do século XXI veio acentuar de uma maneira negativa esta diferença natural existente entre pessoas de diferentes gerações. Fenómenos como as redes sociais ou o whatsapp mudaram as relações entre pessoas até ao ponto de separar jovens de anciãos dentro de cada nação como se pertencessem a culturas diferentes, com diferentes línguas. 
Estas modernidades, embora sejam coisa da juventude, não resultam estranhas apenas aos olhos das pessoas mais velhas. Às vezes, são os próprios jovens que se surpreendem quando dão com uma nova invenção, criada para  uso recreativo ou para fazer a vida mais fácil do que já é. Isto é um sinal claro de que as tecnologias estão a ocupar mais espaço do que elas deveriam na vida das pessoas. Mas, quantos são aqueles que se sentem atraídos pela novidade e quantos são os que as desprezam? Que percentagem da juventude se limita a fazer uso de todos estes aparelhos sem refletir e quantos são aqueles que questionam o seu valor material e moral?
Acho que poucos são os que rejeitam por completo o uso destas tecnologias em comparação com aqueles que as usam sem pensar que talvez sejam vítimas delas e da sua desumanização. E não há muita gente que pense antes de comprar se vale a pena gastar dinheiro em aparelhos que custam mais do que manter uma família por meses para logo ficarem estes em desuso ou perderem o seu valor em muito pouco tempo. O tempo também deve ser considerado: às vezes ganhamos tempo, como quando escrevemos um trabalho no computador, para depois perder muito mais nas redes sociais. Há que apreender a dar o valor que cada coisa merece e isso pode-se conseguir refletindo e prestando alguma atenção aos conselhos dos anciãos. Eles sabem melhor do que nós o que em verdade é necessário e o que não o é, e que piores tempos podem voltar.
Thoreau, na sua obra intitulada Walden, falava das necessidades do ser humano e de como estas mudaram com o passar do tempo. Para explicá-lo mencionava uma história do naturalista Darwin, o qual contava que "em sua equipe os homens bem vestidos sentiam frio sentados junto a uma fogueira, enquanto os selvagens da Terra do Fogo que se encontravam nus à distância, para surpresa geral, "suavam em bica padecendo tal churrasco". A seguir, o escritor norte-americano fazia a seguinte reflexão: "será impossível combinar a resistência física dos selvagens com a intelectualidade dos civilizados?"

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Recrutamento para lista de reserva de contínuos parlamentares (UE)

O Parlamento Europeu é um dos lugares mais cobiçados para trabalhar para quem estuda línguas. Várias vezes por ano surgem novos concursos para constituir listas que são depois usadas para recrutar novos funcionários. A Sílvia e da Sónia já descreveram aqui muito bem o processo de seleção dos candidatos. 
Neste momento, encontra-se aberto um concurso para o recrutamento de contínuos parlamentares. A descrição da função e os requisitos necessários para a candidatura podem ser vistos aqui. Se se sentem motivados para o processo de candidatura, apressem-se. O concurso está aberto até ao dia 27 de maio. Os registos para as candidaturas são feitos através da página do Serviço Europeu de Seleção de Pessoal (https://infoeuropa.eurocid.pt/registo/000064834/). 
Se não for desta, não desanimem e fiquem atentos às novidades da página Trabalhar na União Europeia ou da EU Careers. Há sempre vagas muito interessantes para vários organismos internacionais.
Boa sorte!