Do ponto de vista da etnografia, Portugal
e uma nação com maioria de população europeia, embora a cultura portuguesa
esteja formada por muitos elementos de grupos humanos e culturas tão dispares
como a celta, a romana e a moura. A religião majoritária é a cristã católica, e
quase toda a população partilha uns elementos culturais comuns, como podem ser
a língua portuguesa, a literatura popular e culta, o desporto (nomeadamente o
futebol) e outros elementos mais indefiníveis como a saudade. Apesar de ser um
povo relativamente uniforme, há pequenas diferenças culturais, linguísticas e
etnográficas entre as regiões do Norte, do Centro e do Sul do país.
No tocante á geografia, Portugal
também conta com diferenças entre o norte e o sul e entre o interior e a costa.
A região do Norte e do Centro são mais montanhosas e com temperaturas mais
temperadas, enquanto a do Sul tem temperaturas mais cálidas e um solo mais
chão. Alem disso, achamos também diferenças linguísticas entre os dialetos do
norte, mais próximos ao galego e os do sul, que tornaram para se considerarem
como a “norma” linguística pelo poderio econômico e administrativo da cidade de
Lisboa. Ademais, não podemos esquecer os arquipélagos de Madeira e de Açores,
que também fazem parte do Estado.
Quanto á divisão administrativa, o
país conta com muitas e complexas subdivisões que se baseiam em muito diversos
fatores. Assim, de acordo com a Wikipédia, a divisão em províncias possui uma grande implantação entre a população embora
tenham sido extintas do Estado com a constituição de 1976. Esta divisão em 11
províncias tem em conta elementos geográficos, especialmente os dous rios mais
importantes de Portugal, o Douro e o Tejo. A estas províncias haveria que acrescentar-lhe
Madeira e as Açores.
Desde meados da década de 1990
começou uma discussão sobre a Regionalização de Portugal em oito ou nove
regiões, que incluiu propostas de diferentes governos para dividirem
administrativamente o Estado e até um referendo que contou com escassa
participação por causa da pouca e errada informação que o povo recebeu sobre o
processo. A divisão, que ainda hoje não entrou em vigor, propunha oito regiões
que, de norte a sul e de oeste a leste, seriam: Entre Douro e Minho,
Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Litoral, Beira Interior, Estremadura e
Ribatejo, Lisboa e Setubal, Alentejo e, por fim, Algarve.
Contudo, compre termos em conta que
as divisões políticas muito raramente são um reflexo de divisões culturais ou
sociais. Portugal, no que a isto respeita, não é uma exceção. Assim, as
divisões interiores (se calhar com a exceção da divisão Norte-Centro-Sul) não
trazem consigo diferenças importantes entre a população do país. Do mesmo modo,
a fronteira leste com a Espanha não implica uma diferença cultural extrema e
imediata. Isto fica claro especialmente ao olharmos a fronteira norte com a Galiza,
onde há um continuum cultural e linguístico que não se vê interrompido pelo
Minho e que demonstra que as fronteiras são apenas, em muitos casos, um
construto político.
Fonte: Wikipédia |
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