sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Geografia e etnografia de Portugal

Do ponto de vista da etnografia, Portugal e uma nação com maioria de população europeia, embora a cultura portuguesa esteja formada por muitos elementos de grupos humanos e culturas tão dispares como a celta, a romana e a moura. A religião majoritária é a cristã católica, e quase toda a população partilha uns elementos culturais comuns, como podem ser a língua portuguesa, a literatura popular e culta, o desporto (nomeadamente o futebol) e outros elementos mais indefiníveis como a saudade. Apesar de ser um povo relativamente uniforme, há pequenas diferenças culturais, linguísticas e etnográficas entre as regiões do Norte, do Centro e do Sul do país.
No tocante á geografia, Portugal também conta com diferenças entre o norte e o sul e entre o interior e a costa. A região do Norte e do Centro são mais montanhosas e com temperaturas mais temperadas, enquanto a do Sul tem temperaturas mais cálidas e um solo mais chão. Alem disso, achamos também diferenças linguísticas entre os dialetos do norte, mais próximos ao galego e os do sul, que tornaram para se considerarem como a “norma” linguística pelo poderio econômico e administrativo da cidade de Lisboa. Ademais, não podemos esquecer os arquipélagos de Madeira e de Açores, que também fazem parte do Estado.
Quanto á divisão administrativa, o país conta com muitas e complexas subdivisões que se baseiam em muito diversos fatores. Assim, de acordo com a Wikipédia, a divisão em províncias possui uma grande implantação entre a população embora tenham sido extintas do Estado com a constituição de 1976. Esta divisão em 11 províncias tem em conta elementos geográficos, especialmente os dous rios mais importantes de Portugal, o Douro e o Tejo. A estas províncias haveria que acrescentar-lhe Madeira e as Açores.
Desde meados da década de 1990 começou uma discussão sobre a Regionalização de Portugal em oito ou nove regiões, que incluiu propostas de diferentes governos para dividirem administrativamente o Estado e até um referendo que contou com escassa participação por causa da pouca e errada informação que o povo recebeu sobre o processo. A divisão, que ainda hoje não entrou em vigor, propunha oito regiões que, de norte a sul e de oeste a leste, seriam: Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Litoral, Beira Interior, Estremadura e Ribatejo, Lisboa e Setubal, Alentejo e, por fim, Algarve.

Contudo, compre termos em conta que as divisões políticas muito raramente são um reflexo de divisões culturais ou sociais. Portugal, no que a isto respeita, não é uma exceção. Assim, as divisões interiores (se calhar com a exceção da divisão Norte-Centro-Sul) não trazem consigo diferenças importantes entre a população do país. Do mesmo modo, a fronteira leste com a Espanha não implica uma diferença cultural extrema e imediata. Isto fica claro especialmente ao olharmos a fronteira norte com a Galiza, onde há um continuum cultural e linguístico que não se vê interrompido pelo Minho e que demonstra que as fronteiras são apenas, em muitos casos, um construto político.

Fonte: Wikipédia

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