terça-feira, 26 de maio de 2015

Turismo ecológico (grupo 3)



Alba Díaz 
Cristina Piñón 

Hoje no blog vamos tratar um tema muito pouco conhecido por muita gente: o turismo ecológico. Este turismo não é tão promovido como o turismo de massas que faz deslocar cada ano milhões de pessoas à volta do mundo. Este tipo de turismo é dirigido às pessoas que gostam do meio ambiente, que desfrutam da calma, do contato com a natureza e das atividades ecológicas e rurais. 
E vocês perguntar-se-ão: “O que é que fazem as pessoas quando fazem turismo ecológico?” Bom, estas pessoas normalmente estão muito consciencializadas de que há que cuidar do planeta, porque só há um, e tudo o que fazemos se repercute no seu estado, pelo que se preocupam em não o contaminar com lixo e ajudam a melhorá-lo para as gerações futuras. Esta mentalidade é a razão principal para fazerem turismo ecológico, no qual podem brincar com a terra, fazer hortas orgânicas, cultivar plantas e árvores autóctones, aprender a fazer reciclagem ou divertir-se com gincanas ecológicas, além de realizar rotas a pé, montar a cavalo ou andar de bicicleta. 
Uma das coisas mais imprescindíveis é saber que estamos a cuidar da natureza e de todas as coisas maravilhosas que ela tem. Em consequência, é importante saber as propriedades dos produtos ecológicos, como os adubos naturais, que são muito mais respeitosos tanto para a natureza como para a nossa própria saúde, já que evitamos utilizar produtos químicos. Também colaboramos com a luta contra as imensas quantidades de plástico que geramos dia a dia e que tanto mal fazem. Estas ações ajudam a criar um ambiente muito melhor para todos. 
Este turismo é apto e recomendável para todo o mundo, até para os pequenos da casa. As crianças também se podem consciencializar com o cuidado do planeta fazendo o que mais gostam: brincar. Podemos mostrar-lhes como é que podemos colaborar separando o plástico, o papelão e o vidro em diferentes lixeiras; como aproveitar o cartão do papel higiénico ou as garrafas para construir castelos e camiões como brinquedos. Não é necessário que sejam ativistas, mas sim que tomem consciência das coisas naturais e dos animais. O melhor que podemos fazer é dar o exemplo, porque as crianças quando são pequenas costumam repetir as ações dos adultos. 
Agora, o que vocês se estarão a perguntar é: "O que temos de fazer para desfrutar deste tipo de turismo?" Bem, corram a uma agência de viagens e perguntem pelo turismo ecológico. Há um monte de lugares e de certeza que algum deles se encontra muito perto da sua casa. Divirtam-se sem estragar o planeta, aprendam coisas novas e sintam-se melhores pessoas. 

Podem clicar nas seguintes ligações para ler mais informação sobre ecoturismo:


Profissões inovadoras


"Não desperdice o tempo pois é o material de que é feita a vida".  
Benjamin Franklin 

Por:
Gabriel Ares Cuba 
Sara Cambeiro Vázquez 

“Todas as coisas nos são alheias; apenas o tempo é nosso”, dizia Séneca. O que queria dizer com isto é que a única coisa que nos pertence é o tempo pois nós não podemos manejar mais nada. Segundo Benjamin Franklin, “o tempo é ouro”, o que quer dizer que o tempo é tão valioso como o prezado metal.
As citações mencionadas têm relevância para a profissão de corretor do tempo pois esta baseia a sua mecânica no tempo do que cada pessoa dispõe. Esta profissão já está a desenvolver-se em certos lugares e constitui, para muitas pessoas, uma forma diferente de viver. Muita gente já não se sente satisfeita com o sistema capitalista onde o dinheiro possui o podium das suas vidas.
O modo de vida rápido ao qual as pessoas estão conectadas faz com que elas percam muitas oportunidades de serem felizes. Ter um bom trabalho e ganhar dinheiro são, muitas vezes, os nossos principais interesses, mas o tempo que se gasta para obter estes interesses não volta. O tempo é fugaz. É por isso que esta nova profissão traz esperanças para aquelas pessoas que já não querem perder o tempo sendo infelizes.
A profissão da qual se escreve aqui tem como objetivo a troca do tempo das pessoas, dando-lhe um valor, dependendo do momento e do lugar. É um conceito muito similar ao corretor da bolsa. A vantagem deste modo de ver a vida é que as pessoas já não precisam de ter dinheiro para adquirir bens e serviços.
Porém, nem tudo é tão bom como parece. Esta profissão inovadora também traz problemas, pois o tempo acaba por converter-se em dinheiro, e é o tempo que começa a ser uma moeda de troca. Estaríamos, pois, a transformar o tempo em algo material, o que pode ser prejudicial para nós se  tivermos em consideração o que dizíamos no começo do texto. Se eliminarmos o dinheiro das nossas vidas, mas introduzimos a troca de tempo, corremos o risco de cair num sistema parecido com o)capitalismo.
Além disto, é muito importante ter em consideração que nem toda a população pode dispor do tempo em qualquer situação.  Isto deve-se a que o sistema económico em que vivemos nos obriga a estarmos constantemente disponíveis. Por esse motivo, não consideramos esta profissão tão positiva como parece. Para nós, não é uma solução nem a curto prazo nem a longo prazo.

Procura trabalho na União Europeia?


Por: 
 Ares Cuba, Gabriel 
Cambeiro Vázquez, Sara 

Procura trabalho na União Europeia? Se é assim, pode ir trabalhar por um período curto noutro país da União Europeia (inferior a dois anos) e continuar coberto pelo sistema de segurança social do seu país de origem. Nesse caso, é considerado um trabalhador destacado. Não importa se é você trabalhador por conta de outrem ou se é você trabalhador por conta própria. 
Não necessita de ter uma autorização de trabalho, a não ser que seja destacado da Croácia para a Áustria ou a Alemanha, onde ainda há restrições em determinados setores. Em muitos casos, não precisa do reconhecimento das suas qualificações profissionais, mas noutros casos é preciso apresentar uma declaração escrita. Continuará a fazer descontos no seu país de origem e continuará coberto pela segurança social do seu país de origem. 
Porém, isto não significa que não deve seguir as normas nacionais do país de acolhimento. Quer dizer que poderá ter que pagar por serviços que no seu país de origem são de graça. Se deseja continuar com a cobertura de segurança social do seu país de origem, necessitará de um formulário A1, que substituiu o formulário E101. Este formulário prova que continua (e também aquelas pessoas a seu cargo) coberto pelo sistema de segurança social do país de origem enquanto estiver no estrangeiro, durante um período máximo de dois anos.    
Deverá poder apresentar o formulário A1 às autoridades em qualquer momento durante a sua estadia no estrangeiro. Caso contrário, poderá ter de pagar os descontos da segurança social no país de acolhimento. Se for controlado e apresentar um formulário A1 válido, o país de acolhimento é obrigado a reconhecê-lo. Poderá ter de preencher uma declaração prévia na qual exponha a sua intenção de trabalhar no país de acolhimento. Se for trabalhador por conta de outrem, essa declaração é da responsabilidade do seu empregador. 
Se vai ficar a trabalhar no estrangeiro mais de dois anos, pode solicitar uma isenção para continuar coberto pelo sistema de segurança social do país de origem durante todo o período de destacamento. Estas isenções, que variam dependendo de cada caso, exigem o acordo das autoridades competentes dos países em questão e só são válidas por um período predefinido. Se não se beneficia de uma isenção, só pode manter a cobertura de segurança social do país de origem durante dois anos. No final desse período, poderá continuar a trabalhar no estrangeiro, mas terá de mudar para o sistema de segurança social do país de acolhimento e fazer os seus descontos nesse país.
Em caso de ir trabalhar por conta de outrem, o seu empregador é obrigado a respeitar as regras básicas em matéria de proteção de trabalhadores assalariados durante todo o destacamento, nomeadamente no que se refere aos seguintes aspetos: salário mínimo (a sua remuneração não pode ser inferior ao salário mínimo local), períodos máximos de trabalho e períodos mínimos de repouso, número de horas de trabalho (não pode trabalhar mais de um certo número de horas), férias anuais remuneradas mínimas (tem direito a férias), saúde e segurança no trabalho. Há ainda proteção no emprego para grávidas e jovens e a proibição do trabalho infantil. 

 Biliografia:  

Ecoturismo



Por:
Ares Cuba, Gabriel
Cambeiro Vázquez, Sara

Segundo a EMBRATUR (Instituto Brasileiro de Turismo) o ecoturismo é um «segmento de atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o património natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas». É o segmento turístico que mais cresce no mundo. O turismo convencional cresce 10% ao ano, enquanto que o turismo ecológico cresce entre 15% e 20%.
Apesar de que o trânsito de pessoas e veículos possa ser agressivo para o meio ambiente, os defensores da sua prática argumentam que este tipo de turismo contribui para a preservação da natureza e é uma proposta educacional muito efetiva.
Para que uma atividade se considere uma atividade de ecoturismo, deve garantir, em primeiro lugar, a conservação dos recursos naturais e culturaise,  em segundo lugar, a educação ambiental. Por último, deve gerar benefícios para as comunidades recetoras. Os defensores deste tipo de atividades promovem-as como uma forma de praticar turismo em pequena escala, uma prática mais ativa e intensa do que outras formas de turismo; uma modalidade de turismo na qual a oferta de uma infra-estrutura de apoio sofisticada é um dado menos relevante; uma prática de pessoas esclarecidas e bem-educadas, conscientes de questões relacionadas à ecologia e ao desenvolvimento sustentável, em busca do aprofundamento de conhecimentos e vivências sobre os temas de meio ambiente; e, finalmente, uma prática menos espoliativa e agressiva da cultura e meio ambiente locais do que formas tradicionais de turismo. 
Na Galiza há muitas opções de ecoturismo, mas o maior ponto de ecoturismo que se pode achar de maneira não muito complicada é o Parque Natural das Fragas do Eume, situado no norte da comunidade.



O Parque Natural das Fragas do Eume é um dos bosques atlânticos melhor conservados da Europa. Dentro dos seus 9 000 hectares de extensão vivem menos de 500 pessoas, o que dá uma ideia do estado virgem destes bosques, que seguem o curso do rio Eume. O parque tem  forma de triângulo, cujos vértices e fronteiras são As Pontes de García Rodríguez, Pontedeume e Monfero.



A melhor forma de conhecer o parque é caminhando. Entre a sua vegetação pode-se achar carvalhos, choupos, freixos, amieiros, mais de 20 espécies de fetos e 200 de líquenes. Por vezes, a flora é tão espessa que não deixa passar a luz. Porém, este bosque sombrio e secreto oculta águas, fontes e fervenças. Aqui não há verde, aqui há paisagens de mil verdes. E escondido no coração do bosque está o Mosteiro de Caaveiro, um antigo cenóbio com mais de dez séculos de história e umas vistas espetaculares desta fraga mágica.

Bibliografia:
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecoturismo
- http://www.turgalicia.es/parque-natural-fragas-do-eume-presentacion?langId=es_ES

 

Portugal e a União Europeia





No seu início, Portugal era um país muito importante devido ao facto de possuir muitas colónias em tudo o mundo. Com os anos, esses territórios tornaram-se independentes e Portugal perdeu muito poder cultural e económico. Devido à sua situação geográfica, o país ficou isolado do resto do continente, até que em 1986 se aderiu à União Europeia, uma relação muito necessária pelos aspectos que veremos a seguir.
Portugal passava por uma etapa difícil em que tinha muitos problemas para subsistir economicamente sem o apoio de outros países. Por exemplo, a sua evolução demográfica era das mais baixas de toda a Europa, o país estava envelhecido e já não se garantia a substituição das gerações, a sua agricultura não prosperava, o gastos da despesa pública eram muito elevados, o que os levou a um endividamento imenso. Como consequência, o nível de produtividade e os salários desceram, e o nível de consumo era superior ao que se podiam permitir.
O governo português não era capaz de efetuar reformas que solucionassem as carências no sistema para melhorar a justiça, a saúde e a educação. Os dados estatísticos confirmam-no: a taxa de analfabetismo era de 9%, a mais elevada da Europa; só um terço dos portugueses registram mais de dez anos de formação académica; o déficit de um bom serviço e utilização da Internet provocou também uma retração da evolução, circulação e importação da cultura.
Quanto aos aspetos positivos, esta união trouxe muitas vantagens para o país, já que permitiu consolidar a democracia portuguesa, que passava por uma grande instabilidade política e deixou de ser problemática. Houve um desenvolvimento económico que permitiu a redução de impostos e a melhoria do nível de vida da população portuguesa, assim como também uma modernização. Aliás, devido à melhoria nas infra-estrutura dos transportes, o comércio exterior cresceu e permitiu um aumento considerável do seu capital.
Como conclusão, a europeização de Portugal melhorou consideravelmente a sua situação, já que pode responder às necessidades imediatas de modernização. O Governo quis reafirmar a identidade portuguesa como país que quer assentar a sua capacidade de existência, e combinar seus interesses nacionais com os internacionais. Mas ainda há um longo caminho por percorrer para esta finalidade.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Trabalhar em Portugal, uma opção para os médicos galegos





A APSEP (Associação de Profissionais da Saúde Espanhóis de Portugal) publicava em 2007 uns dados que mostravam que cerca de 3.000 médicos de Saúde pública portuguesa eram espanhóis, dos quais 1.200 eram galegos. O maior fluxo de pessoal produziu-se entre os anos 1998 e 2004, e teve a ver com as dificuldades de acesso ao trabalho e formação que existem para os médicos na Espanha. Em 1999, uma empresa galega, a Cosaga, começou mesmo a administrar clínica e financeiramente o hospital trasmontano de Valpaços. 
Hoje em dia, e apesar de as condições não serem tão favoráveis como há dez anos, muitos médicos continuam a preferir o sistema português, e ainda há uns 700 médicos galegos trabalhando no país luso, a maior parte dos quais continua a viver na Galiza e cruza a fronteira todos os dias. Os profissionais de Saúde são unânimes em afirmar que Portugal, não obstante pagar menos aos médicos do que a Espanha (uns 1000 euros concretamente), oferece ao pessoal médico melhores condições de trabalho. A possibilidade de aceder a uma vaga fixa com um contrato indefinido atrai muito médicos espanhóis, que têm de enfrentar a instabilidade do sistema espanhol, onde a maioria dos contratos são temporários. 
Enquanto o sistema de Saúde espanhol está saturado e não oferece  vagas suficientes, no português ocorre o caso oposto: há lugares, como as povoações do Norte do país, ou as zonas do Algarve e o Alentejo, onde não se preenchem as vagas requeridas pelos Centros de Saúde. Segundo o presidente da associação (APSEP), o galego Xoán Gómez Vázquez, a falta de mobilidade dos médicos portugueses, que preferem trabalhar nas grandes cidades, é outro dos motivos para que não sejam cobertas todas as vagas. Os médicos portugueses também optam por emigrar para países como a Inglaterra ou a França onde os salários oferecidos são muito maiores que em Portugal.
A privatização da Saúde que se está a viver na Espanha não só está a afetar os médicos, mas também os estudantes de Medicina. Muitos deles encontram sérias dificuldades para se especializarem, uma vez que na Espanha quase não há vagas em determinadas especializações, tais como Pediatria ou Cirurgia Plástica, que são muito requisitadas e, portanto, decidem fazer a especialização em Portugal, onde sobram vagas. 
Contudo, Portugal tão pouco se salva da má situação que está a viver a Saúde. Desde a implementação das medidas de austeridade no ano 2011, as condições deixaram de ser tão favoráveis. A carga fiscal que o Governo português está a realizar por meio da Segurança Social e dos impostos, ou com medidas como a Taxa de Solidariedade, fez diminuir consideravelmente o número de médicos que cruzam a fronteira. Um exemplo disto é a falta de cobertura das últimas 115 vagas para médicos de família, oferecidas este ano pelo Governo português em povoações do Norte, das quais 35 vão ficar sem cobrir, e para as quais só se apresentaram 7 médicos espanhóis.

Projeto Mars One




Quando em meados de 1997 a sonda espacial Sojourner enviou para a terra as primeiras imagens da superfície do planeta Marte, o empresário holandês Bas Lansdorp era ainda um estudante. Desde o momento em que as viu, ele soube que tinha um objetivo na vida: chegar a Marte de alguma forma. Lansdorp acabou por graduar-se em Ciências e Engenharia Mecânica, na universidade de Twente, e fundou uma empresa de energia eólica em 2008, a Ampyx Power. Três anos depois, venderia uma parte das suas ações para trabalhar no seu sonho. Hoje, com 38 anos, Lansdorp dirige o Projeto Mars One, uma associação não lucrativa que pretende criar uma colónia auto-suficiente e permanente em Marte, com quatro pessoas, para 2025. 

Desde a década de 1980, várias gerações de astronautas da NASA têm treinado para tal expedição ao planeta vermelho, que está prevista para 2030. Lansdorp não só quer antecipar-se à NASA, mas também que os seus exploradores não voltem. Esta iniciativa, que tem como objetivo enviar quatro colonos a cada dois anos, a partir de 2025, criando assim uma comunidade marciana, tão pouco conta com o financiamento de algum governo. Ela existe mediante o patrocínio de empresas e graças aos direitos de transmissão de documentários para a TV. 

Para recrutar os futuros colonos, em 2011 Mars One lançou uma convocatória, recebendo mais de 200.000 solicitudes. Mediante questionários, um vídeo onde explicavam os seus motivos para se mudar ao planeta, e algumas provas médicas, foram selecionadas 705 pessoas. 
O passo seguinte foi realizar entrevistas individuais e proporcionar aos candidatos uma tarefa a aprender. Os que passaram estas provas tiveram de responder a questões sobre a vida quotidiana e realizar uma prova psicológica. O estado mental dos participantes é muito importante, já que os selecionados vão ter de passar o resto da vida juntos num espaço reduzido, portanto, procura-se formar um grupo homogéneo com pessoas emocionalmente equilibradas. 

Os 24 finalistas, que foram determinados no passado ano, receberam um contrato com Mars One, e tiveram de passar por um treino intensivo, que inclui três meses por ano de confinamento num habitat simulado, o estudo de disciplinas como física, biologia ou botânica, além de receberem uma  instrução aeroespacial apropriada. Apenas os que superarem este treino terão sérias possibilidades de ir a Marte.
Este ano, vão-se determinar quem são os quatro eleitos, os quais deverão cumprir mais nove anos de treino rigoroso, durante os quais aprenderão a cultivar os seus próprios alimentos, a dar mantimento a unidades de suporte vital e a dar atenção e seguimento aos experimentos, além de se prepararem para assimilar psicologicamente o desafio.
Como é normal, são muitas as vozes que questionam a viabilidade de tal projeto. Existem inúmeros perigos, tais como a radiação cósmica, 200 vezes maior que na terra, a atrofia muscular e desmineralização óssea devido à ausência de gravidade bem como outros pequenos “detalhes”. A forma de produzir água e oxigénio também está a apresentar um problema, o qual os científicos de Mars One estão a tentar resolver, desenvolvendo uma forma de os extrair da água congelada que há no planeta.
Não obstante, no que todos os especialistas estão de acordo é que os problemas técnicos podem não ser nada em comparação com o problema da convivência dos colonos, daí a importância de encontrar o grupo de pessoas perfeito. Contando com os satélites que porão órbita, em 2018, a instalação duma estação espacial em Marte e a primeira viagem, a expedição terá um custo de 6.000 milhões de dólares, e estaria em perigo de não escolher bem aos futuros colonizadores de Marte.

 

Hábitos e modos de vida da juventude

"Ao encorajar as pessoas a conectar mais aparelhos, o que vai acontecer ao antigo contacto humano  de cara a cara?"
"Encontrei uma aplicação para isso ontem..."

Os hábitos de vida mudaram consideravelmente nos últimos tempos por causa da globalização e das mudanças que ela acarreta consigo. O século XXI veio carregado de novidades muito práticas para alguns, mas desconcertantes e desumanizadoras para outros. É que nem toda a gente está a favor de mudar os seus costumes por outros tão questionáveis como os costumes modernos, que parecem ser uma ajuda ao princípio, mas logo depois se convertem numa necessidade que pouco a pouco vai afastando a qualquer pessoa daquilo que de verdade importa na vida.
Uma maneira de perceber com claridade esta mudança que veio a acontecer nas últimas décadas é olhando as diferenças que há entre as pessoas mais velhas e os jovens. Hoje, poder-se-ia dizer que existe uma barreira quase intransitável entre avós e netos: nem um ancião compreende muito bem o que o seu neto faz, nem o rapaz ou rapariga sabe porque é que os seus avós falam dessa maneira. A principal causa disto é a diferença de valores, que é prova da enorme diferença que há entre a actualidade e a época que lhes tocou viver. Antes, os avós tinham que trabalhar desde de manhã até à noite para sustentar a família inteira, com menos recursos e muitas mais dificuldades. Não havia uma saúde tão boa, nem uma oferta de trabalho tão grande, nem era tão fácil obter as coisas necessárias para o dia-a-dia. Tampouco havia infra-estruturas de transporte tão desenvoltas, e só umas poucas pessoas tinham a possibilidade de estudar. 
Parece que agora vivemos muito mais seguros, com mais comodidades e o tempo livre é maior do que antigamente. O certo é que a segunda metade do século XX estabeleceu mudanças muito positivas para a melhoria das condições de vida da gente, por comparação com aquelas tão difíceis de antigamente. Mas o desenvolvimento acelerado das novas tecnologias que surgiram nos finais do século XX e começos do século XXI veio acentuar de uma maneira negativa esta diferença natural existente entre pessoas de diferentes gerações. Fenómenos como as redes sociais ou o whatsapp mudaram as relações entre pessoas até ao ponto de separar jovens de anciãos dentro de cada nação como se pertencessem a culturas diferentes, com diferentes línguas. 
Estas modernidades, embora sejam coisa da juventude, não resultam estranhas apenas aos olhos das pessoas mais velhas. Às vezes, são os próprios jovens que se surpreendem quando dão com uma nova invenção, criada para  uso recreativo ou para fazer a vida mais fácil do que já é. Isto é um sinal claro de que as tecnologias estão a ocupar mais espaço do que elas deveriam na vida das pessoas. Mas, quantos são aqueles que se sentem atraídos pela novidade e quantos são os que as desprezam? Que percentagem da juventude se limita a fazer uso de todos estes aparelhos sem refletir e quantos são aqueles que questionam o seu valor material e moral?
Acho que poucos são os que rejeitam por completo o uso destas tecnologias em comparação com aqueles que as usam sem pensar que talvez sejam vítimas delas e da sua desumanização. E não há muita gente que pense antes de comprar se vale a pena gastar dinheiro em aparelhos que custam mais do que manter uma família por meses para logo ficarem estes em desuso ou perderem o seu valor em muito pouco tempo. O tempo também deve ser considerado: às vezes ganhamos tempo, como quando escrevemos um trabalho no computador, para depois perder muito mais nas redes sociais. Há que apreender a dar o valor que cada coisa merece e isso pode-se conseguir refletindo e prestando alguma atenção aos conselhos dos anciãos. Eles sabem melhor do que nós o que em verdade é necessário e o que não o é, e que piores tempos podem voltar.
Thoreau, na sua obra intitulada Walden, falava das necessidades do ser humano e de como estas mudaram com o passar do tempo. Para explicá-lo mencionava uma história do naturalista Darwin, o qual contava que "em sua equipe os homens bem vestidos sentiam frio sentados junto a uma fogueira, enquanto os selvagens da Terra do Fogo que se encontravam nus à distância, para surpresa geral, "suavam em bica padecendo tal churrasco". A seguir, o escritor norte-americano fazia a seguinte reflexão: "será impossível combinar a resistência física dos selvagens com a intelectualidade dos civilizados?"

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Recrutamento para lista de reserva de contínuos parlamentares (UE)

O Parlamento Europeu é um dos lugares mais cobiçados para trabalhar para quem estuda línguas. Várias vezes por ano surgem novos concursos para constituir listas que são depois usadas para recrutar novos funcionários. A Sílvia e da Sónia já descreveram aqui muito bem o processo de seleção dos candidatos. 
Neste momento, encontra-se aberto um concurso para o recrutamento de contínuos parlamentares. A descrição da função e os requisitos necessários para a candidatura podem ser vistos aqui. Se se sentem motivados para o processo de candidatura, apressem-se. O concurso está aberto até ao dia 27 de maio. Os registos para as candidaturas são feitos através da página do Serviço Europeu de Seleção de Pessoal (https://infoeuropa.eurocid.pt/registo/000064834/). 
Se não for desta, não desanimem e fiquem atentos às novidades da página Trabalhar na União Europeia ou da EU Careers. Há sempre vagas muito interessantes para vários organismos internacionais.
Boa sorte!


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Explorando a natureza: turismo sustentável

Viajar nunca antes fora tão fácil e barato. Hoje em dia, pode-se mesmo encontrar ofertas de voos para grandes capitais mundiais por só dez euros, quando há uns anos isto era inimaginável. Além disso, a internet oferece uma ampla variedade de opções para todos os gostos. Também há muita informação sobre todos os países e culturas, pelo que errar na escolha do destino já não é tão fácil como antes. Embora esteja na moda visitar para o estrangeiro, eu acho que a melhor maneira de viajar é começando pela própria região e, logo depois de a ter conhecido um pouco melhor, saltar ao estrangeiro se você quiser mais aventura.


O Caminho de Santiago é uma excelente opção para aqueles que têm tempo e desejam fazer uma viajem longa com tranquilidade, para ver muitos sítios. Pode-se ir a pé ou de bicicleta. Uma rede de albergues ao longo do caminho oferece ao peregrino a possibilidade de se hospedar durante todo o trajeto quase sem gastar dinheiro. Acho que é uma boa maneira de relaxar e desfrutar duma paisagem pitoresca. O contacto com a natureza pode curar as doenças da alma, o estresse do trabalho. Além disso, o exercício também ajuda a melhorar a saúde. Além disso, rematar uma viagem tão longa e custosa não só dá ao caminhante a sensação de liberdade e uma boa recordação para a posteridade, mas também lhe dá mais força de espírito, para assim poder enfrentar o dia-a-dia com maior firmeza e melhor temperamento. E se não se terminar o percurso, sempre se pode aprender algo com a experiência, como o Paulo Coelho, que se fez escritor depois de ter apanhado o autocarro para Santiago em O Cebreiro, tendo decidido depois pôr fim ao seu caminho.


Para aqueles jovens que gostam de ficar num lugar e desfrutar dele, a melhor opção são os acampamentos. Um carro (ou bilhete de autocarro), uma mochila carregada de coisas e uma tenda são as únicas coisas que se precisam para fazer uma viagem assim. Se gosta de ir à praia pelo verão e conhecer gente, as Rias Baixas são um destino ótimo. Com mais parques de campismo do que no resto da Galiza, este enclave oferece a possibilidade de desfrutar da natureza e do mar, sem perder a oportunidade de visitar a zona urbana  para tomar umas cervejas nalgum terraço ou ir à discoteca à noite.


Outra opção semelhante para aqueles que gostam de lugares mais naturais, longe de grandes infra-estruturas, é a de partir de qualquer lugar sem bagagem, de bicicleta ou a pé, e levando consigo uma barraca e comida. A região costeira do norte da Galiza está menos explorada turisticamente do que a região sul, e possui praias tão bonitas, como as do concelho de Ponteceso ou Carinho, que apenas recebem visitas de turistas pelo verão. E para aqueles que não gostem tanto do mar, o interior está cheio de aldeias, montes e rios que farão as suas delícias.
Se o que você tem pensado é viajar ao estrangeiro sem gastar muito em alojamento, há pessoas que lhe abrem as portas de suas casas a viajantes sem exigir nada em troca. Na página web coachsurfing.com você pode contactar com pessoas de todo o mundo para solicitar alojamento. Há mesmo uma página web parecida, na qual proprietários de países de todo o mundo se oferecem para arrendar o seu jardim por um preço muito baixo. Também há a possibilidade de viajar ao estrangeiro e ficar em enclaves naturais sem ter que pagar. O mais recomendável são as granjas orgânicas. A página web wwoof.net possui uma listagem de granjas orgânicas onde você se pode alojar e alimentar gratuitamente. Em troca da hospedagem e da comida, você deverá trabalhar durante umas horas por dia nas fazendas, que dependerão das exigências de cada dono.