sexta-feira, 8 de maio de 2015

Explorando a natureza: turismo sustentável

Viajar nunca antes fora tão fácil e barato. Hoje em dia, pode-se mesmo encontrar ofertas de voos para grandes capitais mundiais por só dez euros, quando há uns anos isto era inimaginável. Além disso, a internet oferece uma ampla variedade de opções para todos os gostos. Também há muita informação sobre todos os países e culturas, pelo que errar na escolha do destino já não é tão fácil como antes. Embora esteja na moda visitar para o estrangeiro, eu acho que a melhor maneira de viajar é começando pela própria região e, logo depois de a ter conhecido um pouco melhor, saltar ao estrangeiro se você quiser mais aventura.


O Caminho de Santiago é uma excelente opção para aqueles que têm tempo e desejam fazer uma viajem longa com tranquilidade, para ver muitos sítios. Pode-se ir a pé ou de bicicleta. Uma rede de albergues ao longo do caminho oferece ao peregrino a possibilidade de se hospedar durante todo o trajeto quase sem gastar dinheiro. Acho que é uma boa maneira de relaxar e desfrutar duma paisagem pitoresca. O contacto com a natureza pode curar as doenças da alma, o estresse do trabalho. Além disso, o exercício também ajuda a melhorar a saúde. Além disso, rematar uma viagem tão longa e custosa não só dá ao caminhante a sensação de liberdade e uma boa recordação para a posteridade, mas também lhe dá mais força de espírito, para assim poder enfrentar o dia-a-dia com maior firmeza e melhor temperamento. E se não se terminar o percurso, sempre se pode aprender algo com a experiência, como o Paulo Coelho, que se fez escritor depois de ter apanhado o autocarro para Santiago em O Cebreiro, tendo decidido depois pôr fim ao seu caminho.


Para aqueles jovens que gostam de ficar num lugar e desfrutar dele, a melhor opção são os acampamentos. Um carro (ou bilhete de autocarro), uma mochila carregada de coisas e uma tenda são as únicas coisas que se precisam para fazer uma viagem assim. Se gosta de ir à praia pelo verão e conhecer gente, as Rias Baixas são um destino ótimo. Com mais parques de campismo do que no resto da Galiza, este enclave oferece a possibilidade de desfrutar da natureza e do mar, sem perder a oportunidade de visitar a zona urbana  para tomar umas cervejas nalgum terraço ou ir à discoteca à noite.


Outra opção semelhante para aqueles que gostam de lugares mais naturais, longe de grandes infra-estruturas, é a de partir de qualquer lugar sem bagagem, de bicicleta ou a pé, e levando consigo uma barraca e comida. A região costeira do norte da Galiza está menos explorada turisticamente do que a região sul, e possui praias tão bonitas, como as do concelho de Ponteceso ou Carinho, que apenas recebem visitas de turistas pelo verão. E para aqueles que não gostem tanto do mar, o interior está cheio de aldeias, montes e rios que farão as suas delícias.
Se o que você tem pensado é viajar ao estrangeiro sem gastar muito em alojamento, há pessoas que lhe abrem as portas de suas casas a viajantes sem exigir nada em troca. Na página web coachsurfing.com você pode contactar com pessoas de todo o mundo para solicitar alojamento. Há mesmo uma página web parecida, na qual proprietários de países de todo o mundo se oferecem para arrendar o seu jardim por um preço muito baixo. Também há a possibilidade de viajar ao estrangeiro e ficar em enclaves naturais sem ter que pagar. O mais recomendável são as granjas orgânicas. A página web wwoof.net possui uma listagem de granjas orgânicas onde você se pode alojar e alimentar gratuitamente. Em troca da hospedagem e da comida, você deverá trabalhar durante umas horas por dia nas fazendas, que dependerão das exigências de cada dono.

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