sexta-feira, 10 de junho de 2016

Novas tecnologias e juventude

Vivemos no século XXI rodeados pela tecnologia, que está em cada esquina da nossa casa, na rua, na loja, em centro comercial, em museus. Todos usamos telefones, ipads, computadores, tablets. As casas construídas últimamente estão equipadas com sistemas que abrem as portas e as janelas com o telecomando, acendem e apagam a luz e, sobretudo os eletrodomésticos, com o telefone e comunicam quando não estás em casa e alguma coisa está conectada ao encaixe.
Acho que novas tecnologias podem ser úteis quando uma pessoa sabe como utilizá- as. Quando usamos estas tecnologias demais depois elas podem converter-se no nosso vício e fazer com que passemos o nosso tempo livre com os telefones na mão e em frente dos computadores. Este vício está presente na vida dos adolescentes que, com fraquência, não podem imaginar viver sem twitter, facebook, whatsapp, videojogos e youtube.
Eu não necessito dessas tecnologias para viver, mas agora não posso pensar que não tenho o telefone e que não posso falar com a minha família que está em Polónia. A internet também é muito útil e nessesária na minha vida porque a utilizo para procurar informações, fazer trabalhos de casa, estudar ou divertir-me vendo filmes favoritos, ouvindo música ou jogando.
As novas tecnologias ofrecem-nos também várias aplicações e programas que nos fornecem a vida. Um ser humano é um consumidor que não se limita a utilizar só tecnologia mas é um cidadão inteligente que usa activamente todas as ferramentas que lhe oferecem as empresas. Os cidadães adaptam as tecnologias às suas necessidades. Na Ásia existem casas inteligentes que têm instalados ecosistemas de electrodomésticos inteligentes, conectados de maneira permanente ao software que os controla.
Os usuários, através duma aplicação de móvel e duma série de aparelhos, como por exemplo câmaras, sensores de movimento, fechaduras, lâmpadas, etc., conectados ao internet, podem interatuar com diferentes características da moradia: luminosidade, ventilação, temperatura, etc. A Samsung, por exemplo, quereria fazer uma máquina de lavar roupa a que se adicionaria roupa durante a lavagem e um frigorífico com câmaras e telas táteis.
As atitudes dos jovens também mudan. Houve um tempo em que o hábito de manter cadernos de anotações era algo bastante habitual. Hoje, essa tradição de escrita parece mais viva do que nunca, mas com uma diferença: os cadernos são substituídos pelos programas que permitem escrever. Isso foi impulsionado pelas novas tecnologias e amplificado pela comunicação em rede. «Os e-mails, blogues e redes de relacionamento já deixaram a sua marca na produção textual contemporânea». A internet está a criar novos hábitos de comunicação entre as pessoas, que estão a interferir na nossa capacidade de leitura, que é superficial, rápida e sobre as coisas menos importantes.
Além disso, existem crianças que não têm dois anos, e já sabem como desbloquear um smartphone, entrar no Youtube ou clicar pelos disenhos animados de Peppa Pig. As pessoas mais velhas ainda não sabem o que pode oferecer uma rede. Agora, tudo isso se troca e cada vez mais aumenta o número das pessoas mais velhas que sabem utilizar o computador e os móveis.
Uma desvantagem é que a internet pode ser perigosa, especialmente para as crianças que passam muito tempo navegando pela internet e entram nas páginas onde podem converter-se em vítimas de assédio escolar. Os pais achan que as novas tecnologias diminuem a comunicação com os seus filhos e têm um impacto negativo nas relações de namorados e também causam conflictos familiares e problemas na escola. Eu estou de acordo com isso e acho que tudo depende da pessoa que usa as novas tecnologias e da educação que recebeu em casa e se tem amigos e pais que os ouvem e querem falar com eles sobre os problemas.
Karolina Majcher
Fenómenos de resposta a falências sócio-políticas

Há várias maneiras criativas de protestar que marcam a história da Polónia e de cada país. Hoje em dia, as pessoas têm pouca confiança nos políticos. Os cidadãos sentem que, apesar de votarem, não podem crer em palavras e promessas das autoridades. Os partidos têm cada vez mais dificultade em chegar às pessoas porque elas estão cansadas de mentiras, corrupção, decadência económica, desvergonha dos políticos que dizem uma coisa e fazem outra. Por isso, as pessoas na Polónia não perdem o tempo e atuam.
«Dar uma banana (um manguito)»
É um gesto que consiste em dobrar um braço para fazer um formato de L com a palma da mão fechada apontando para cima e outra mão que agarra o bíceps do braço dobrado. Possui o significado especial que demostrava oposição a reacção do público que não queria que o nosso deportista ganhasse, uma medalha dourada na disciplina de salto com vara, com o seu competidor russo. Tudo isto aconteceu em 1980, quer dizer, durante os XXII Jogos Olímplicos em Moscovo. Wladyslaw Kozakiewicz quis demostrar o seu desagrado e lutar contra o regime político de URSS, que não queria que ele triunfasse.
«Sindicato Autónomo Solidariedade»
É uma federação sindical polaca fundada em 31 de Agosto de 1980, em Gdansk, sendo liderada por Lech Walesa. Na década de 1980, o Solidariedade era um anti-burocrático movimento social que utilizava os métodos da resistência civil para fazer avançar a causa dos direitos dos trabalhadores e da mudança social. Isso é um movimento anti- soviético que incluía as pessoas associadas à Igreja Católica.
Foi apoiado pelo Papa João Paulo II que, durante a sua visita à Polónia pediu a todos para lutar contra a injustiça e a anarquia. O Solidariedade defendia atividades de não- violência dos seus membros que foram reprimidos pela ditadura comunista.
Estes dois acontecimentos demostram que quando as pessoas jovens ou mais velhas querem, podem ganhar a todos os inimigos e às autoridades políticas que governam o nosso país. Os polacos têm sempre vontade e valentia para lutar pelo seu país e para ter uma vida melhor. São capaz de lutar contra qualquer coisa para defender nossa pátria, a liberdade e as nossas vidas. No meu país as manifestações são organizadas para demonstrar que a sociedade tem algumas dúvidas sobre uma reforma política ou não está de acordo com ela. Somos muito atentos e sempre temos que saber o que fazem os políticos e, se não gostamos as suas decisões, levantámo-nos e fazemos um piquete de greve ou uma manifestação nas ruas principais das cidades polacas.
Karolina Majcher 
Felicidade, sucesso e insucesso

Todos nos perguntamos o que é felicidade, se somos felizes e se não porquê. Não existe uma resposta universal igual para todos. Cada pessoa tem outra definição de felicidade e outros valores que são muito importantes na vida. Por isso, é difícil responder a esta pregunta. O mesmo se passa com o sucesso e insucesso porque para uma pessoa o sucesso seria levantar-se da cama cada dia e para outra ganhar uma medalha de ouro dos Jogos Olímpicos. Com o insucesso é um pouco fácil porque todos temos dias piores e fracassamos, por isso sentimos as mesmas emoções como ira, tristeza ou frustração.
Para mim a felicidade é vida, querer e ser querido, ter uma pessoa com quem posso falar de qualquer coisa, ver quando as flores crescem e o sol brilha, ouvir o pássaro que canta e despertar cada dia. O sucesso significa para mim levantar-me da cama com alegria e o sentimento de que tenha ao lado as pessoas que são importantes para mim. É a felicidade quando logro alguma coisa importante em vida, quando ajudo uma pessoa e depois vejo o seu sorriso, quando posso dizer que consegui o sucesso sem nenhuma ajuda, que trabalhei muito e, por isso, obtive o prémio.
O prémio pode ser uma coisa pequena, sem importância ou uma coisa com muito valor, como por exemplo ganhar com a minha fraqueza. Quando acontece alguma coisa má na minha vida trato de esquecer-me dela e concentrar-me nas coisas positivas. Prefiro ver o copo meio cheio que meio vazio. Por isso vou seguir as regras que dizem como posso sentir-me feliz comigo mesma e satisfeita com as coisas que tenho. 
 
As regras para ser feliz:
  1. Elege ser feliz e depois pensa como podes ser feliz.
  2. A felicidade é a chave do teu sucesso. Se queres o que já estás feito, assim terás êxito.
  3. Rodeia-te de pessoas positivas e felizes.
  4. Vive um momento. Não penses sobre as coisas negativas.
  5. Faz coisas que gostas.
  6. Pratica um desporto porque uma actividade física pode mudar o teu dia e dar- te mais energia.
  7. Pratica a gratidão.
  8. Acompanha e ajuda as outras pessoas.
  9. Quando fracassares pensa sempre sobre as coisas boas.
  10. Trata de encher o copo meio vazio para que seja meio cheio.
  11. Cultiva a amizade.
  12. Brinca mais com a vida sem preocupar-te.
  13. Lutar sempre para que tudo corra bem.
  14. Considera-te sempre optimista e anima as outras pessoas.
 Karolina Majcher

A minha viagem a Lisboa

Um dia decidi fazer uma viagem a Lisboa com as minhas amigas da Polónia. Estudamos português na Universidade da Polónia e queríamos ver os lugares mais conhecidos de Portugal, provar os pratos típicos portugueses e aproximarmo-nos mais da cultura e tradicão portuguesas. Nosso objetivo era alugar um carro e ir a Braga, Coimbra, Fátima e Lisboa. Foi uma viagem muito interessante mais também arriscada porque não tínhamos o mapa ou GPS que nos podia dizer onde tínhamos de virar ou que autoestrada devíamos ir. 
Em Braga passámos um dia e vimos o Santuário do Bom Jesus do Monte. É um santuário católico dedicado ao Senhor Bom Jesus. Constitui-se num conjunto arquitetónico-paisagístico integrado por uma igreja, um escadório onde se desenvolve a Via Sacra do Bom Jesus, um Parque do Bom Jesus e um Elevador do Bom Jesus. A igreja foi projetada pelo arquiteto Carlos Amarante por encomenda do então Arcebispo de Braga.
O escadório vence um desnível de 116 metros e está dividido em três partes: o escadório do pórtico, o escadório dos cinco sentidos e o escadório das três virtudes. O elevador foi construído por iniciativa do empresário bracarense Manuel Joaquim Gomes. O parque constitui-se numa área com várias árvores, com diversos jardins e lagos artificiais onde se pode alugar um barco, um campo de ténis, um jardim infantil e restaurantes e praças como o Terreiro dos Evangelistas.
Em Coimbra passámos outro dia e vimos o centro da cidade onde se localiza o Mosteiro de Santa Cruz, que foi fundado em 1131, o Aqueduto de São Sebastião, conhecido como os Arcos do Jardim, que se localiza em frente ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. Depois vimos a Universidade de Coimbra que se chama Alta e Sofia. É um conjunto histórico-cultural classificado como Património Mundial da UNESCO. Depois fomos outra vez ao centro da cidade onde fizámos muitas fotos e compramos as pequenas recordações. Além disso, vimos o Pelourinho de Coimbra e o Café Santa Cruz. Finalmente, visitamos o Palácio de Sobre-Ribas e a Torre de Anto.
Os outros dois dias passámos em Lisboa. É a única capital europeia banhada pelo Oceano Atlântico. Elevada sobre sete colinas, tem bairros históricos cheios de monumentos e zonas modernas que oferecem uma ampla oferta de diversões. O primeiro lugar que vimos foi o bairro Belém onde comemos o pastel de Belém, o mais conhecido em Lisboa, e entramos no Mosteiro dos Jerónimos. Depois, fizámos fotos perto do Monumento aos Descobrimentos e da Torre de Belém. Comemos as castanhas quentes e fomos ao parque para descansar.
De tarde, encontrámo-nos com a minha amiga que agora está em Lisboa de Erasmus e fomos com ela à Praça dos Restauradores e à Praça de Comercio que se localizam no bairr da Baixa e Chiado. No dia seguinte fomos comprar recordações, apanhamos o eléctrico e visitámos a nossa amiga em sua casa. Provámos os pratos típicos de Lisboa e regressámos ao hotel. Depois, fomos ver o Parque das Nações e a Torre de Vasco da Gama.
Finalmente, entrámos no oceanário de Lisboa onde passámos várias horas tirando fotos com os animáis exóticos e lendo sobre essas espécies. Quando regressávamos à Corunha, visitámos também Fátima, uma cidade muito importante para os católicos e Porto onde passámos outro dia mais.
Essa aventura foi muito exaustiva porque durante pouco tempo visitámos vários lugares e tirámos muitas fotos, mas acho que isso é uma boa experiência. Agora tenho numerosas lembranças e quando regressar à Polónia vou ter o que contar às minhas amigas.
Karolina Majcher