sexta-feira, 10 de junho de 2016

Fenómenos de resposta a falências sócio-políticas

Há várias maneiras criativas de protestar que marcam a história da Polónia e de cada país. Hoje em dia, as pessoas têm pouca confiança nos políticos. Os cidadãos sentem que, apesar de votarem, não podem crer em palavras e promessas das autoridades. Os partidos têm cada vez mais dificultade em chegar às pessoas porque elas estão cansadas de mentiras, corrupção, decadência económica, desvergonha dos políticos que dizem uma coisa e fazem outra. Por isso, as pessoas na Polónia não perdem o tempo e atuam.
«Dar uma banana (um manguito)»
É um gesto que consiste em dobrar um braço para fazer um formato de L com a palma da mão fechada apontando para cima e outra mão que agarra o bíceps do braço dobrado. Possui o significado especial que demostrava oposição a reacção do público que não queria que o nosso deportista ganhasse, uma medalha dourada na disciplina de salto com vara, com o seu competidor russo. Tudo isto aconteceu em 1980, quer dizer, durante os XXII Jogos Olímplicos em Moscovo. Wladyslaw Kozakiewicz quis demostrar o seu desagrado e lutar contra o regime político de URSS, que não queria que ele triunfasse.
«Sindicato Autónomo Solidariedade»
É uma federação sindical polaca fundada em 31 de Agosto de 1980, em Gdansk, sendo liderada por Lech Walesa. Na década de 1980, o Solidariedade era um anti-burocrático movimento social que utilizava os métodos da resistência civil para fazer avançar a causa dos direitos dos trabalhadores e da mudança social. Isso é um movimento anti- soviético que incluía as pessoas associadas à Igreja Católica.
Foi apoiado pelo Papa João Paulo II que, durante a sua visita à Polónia pediu a todos para lutar contra a injustiça e a anarquia. O Solidariedade defendia atividades de não- violência dos seus membros que foram reprimidos pela ditadura comunista.
Estes dois acontecimentos demostram que quando as pessoas jovens ou mais velhas querem, podem ganhar a todos os inimigos e às autoridades políticas que governam o nosso país. Os polacos têm sempre vontade e valentia para lutar pelo seu país e para ter uma vida melhor. São capaz de lutar contra qualquer coisa para defender nossa pátria, a liberdade e as nossas vidas. No meu país as manifestações são organizadas para demonstrar que a sociedade tem algumas dúvidas sobre uma reforma política ou não está de acordo com ela. Somos muito atentos e sempre temos que saber o que fazem os políticos e, se não gostamos as suas decisões, levantámo-nos e fazemos um piquete de greve ou uma manifestação nas ruas principais das cidades polacas.
Karolina Majcher 

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