Fenómenos de
resposta a falências sócio-políticas
Há
várias maneiras criativas de protestar que marcam a história da
Polónia e de cada país. Hoje em dia, as pessoas têm pouca
confiança nos políticos. Os cidadãos sentem que, apesar de
votarem, não podem crer em palavras e promessas das autoridades. Os
partidos têm cada vez mais dificultade em chegar às pessoas porque
elas estão cansadas de mentiras, corrupção, decadência económica,
desvergonha dos políticos que dizem uma coisa e fazem outra. Por
isso, as pessoas na Polónia não perdem o tempo e atuam.
«Dar
uma banana (um manguito)»
É
um gesto que consiste em dobrar um braço para fazer um formato de L
com a palma da mão fechada apontando para cima e outra mão que
agarra o bíceps do braço dobrado. Possui o significado especial que
demostrava oposição a reacção do público que não queria que o
nosso deportista ganhasse, uma medalha dourada na disciplina de salto
com vara, com o seu competidor russo. Tudo isto aconteceu em 1980,
quer dizer, durante os XXII Jogos Olímplicos em Moscovo. Wladyslaw
Kozakiewicz quis demostrar o seu desagrado e lutar contra o regime
político de URSS, que não queria que ele triunfasse.
«Sindicato
Autónomo Solidariedade»
É
uma federação sindical polaca fundada em 31 de Agosto de 1980, em
Gdansk, sendo liderada por Lech Walesa. Na década de 1980, o
Solidariedade era um anti-burocrático movimento social que utilizava
os métodos da resistência civil para fazer avançar a causa dos
direitos dos trabalhadores e da mudança social. Isso é um movimento
anti- soviético que incluía as pessoas associadas à Igreja
Católica.
Foi apoiado pelo
Papa João Paulo II que, durante a sua visita à Polónia pediu a
todos para lutar contra a injustiça e a anarquia. O Solidariedade
defendia atividades de não- violência dos seus membros que foram
reprimidos pela ditadura comunista.
Estes
dois acontecimentos demostram que quando as pessoas jovens ou mais
velhas querem, podem ganhar a todos os inimigos e às autoridades
políticas que governam o nosso país. Os polacos têm sempre vontade
e valentia para lutar pelo seu país e para ter uma vida melhor. São
capaz de lutar contra qualquer coisa para defender nossa pátria, a
liberdade e as nossas vidas. No meu país as manifestações são
organizadas para demonstrar que a sociedade tem algumas dúvidas
sobre uma reforma política ou não está
de acordo com ela. Somos muito atentos e sempre temos que saber o que
fazem os políticos e, se não gostamos as suas decisões,
levantámo-nos e fazemos um piquete de greve ou uma manifestação
nas ruas principais das cidades polacas.
Karolina Majcher
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