Na madrugada do passado dois de abril o desportista espanhol Javier
Fernández conseguia alcançar a medalha de ouro no mundial de
patinagem artística celebrado em Boston. Quando ninguém confiava na
sua vitória, já que o japonês Yuzuru Hanyu ocupava a primeira
posição com doze pontos de vantagem, o espanhol surpreendeu com uma
exibição perfeita logrando, assim, o campeonato.
Fonte: RTVE |
A seguir, tentaremos dar a conhecer
este artista
do
patinagem mundial. Javier Fernández é um moço madrilenho nascido o
15 de abril de 1991. Apesar
dos seus êxitos desportivos, dos que falaremos mais adiante, Javier
manifesta que continua a
sentir-se um moço humilde
apaixonado pela
sua cidade natal. Atualmente, mora em Toronto onde
estuda e dá
formação,
motivo pelo qual sente
saudade
de
estar tão longe da família e dos amigos. Entre os seus hobbies
destacam-se
jogar videojogos e o futebol (Real Madrid). Além disso,
declara a sua admiração pelo tenista espanhol Rafael Nadal que
considera um referente, pela
sua luta e perseverança. Com
respeito aos seus êxitos desportivos mais
importantes,
Fernández foi campeão europeu quatro vezes (2013, 2014, 2015,
2016), campeão
mundial
duas (2015, 2016) e várias
vezes campeão de Espanha em diferentes categorias. Estamos
a falar, provavelmente, do melhor patinador espanhol da história,
ao qual
só falta um título olímpico para
completar o seu palmarés. Contudo,
não parece suficiente para que o seu trabalho, esforço e dedicação
sejam reconhecidos como merece.
No
sábado, dois de abril, na Espanha disputava-se o jogo de futebol
entre
o Barça
e o
Real Madrid. Todos estamos de acordo com
o fato de ser
o evento desportivo com mais espectadores
do mundo. Não obstante, é indigno que as telecomunicações
dediquem
mais tempo ao futebol, que ainda não se jogava,
que à
notícia do campeão do mundo de patinagem artística. Não
imagino a cara de Javier Fernández vendo o pouco interesse que
mostram pelo seu trabalho. Deve ser frustrante! Como se não fosse
suficiente o pouco apoio institucional! A
verdade
é que não só ocorre esta situação com este desporto, muitos
outros
como
a natação sincronizada, a ginástica rítmica, a esgrima...Em
definitiva, todos os que não sejam o que chamam o desporto rei
(futebol) sofrem o mesmo.
Considero
que
também nós
somos os culpados
deste
tipo de situações, quer
dizer, não somos capazes de valorizar
o esforço e o trabalho que há detrás duma atuação perfeita como
a que realizou o espanhol. Apesar de ser uma apaixonada do futebol,
acho que, ainda que não seja o
Messi
nem o
Cristiano Ronaldo, é um campeão do mundo do qual
nos tínhamos que sentir orgulhosos. Por
este motivo, desde este blogue quero felicitar Javier Fernández pela
sua magnífica atuação e pela medalha de ouro alcançada. A modo de
reflexão, gostaria de
finalizar com uma declaração da ginasta espanhola Almudena
Cid que
diz:
“Se a ginástica rítmica fosse
fácil, chamar-se-ia
futebol”.
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